Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila"| Foto: Divulgação

O aniversário de 113 anos do Cerco da Lapa será comemorado de amanhã até domingo com uma extensa programação que inclui atividades cívicas e esportivas. Tudo para relembrar um dos episódios mais significativos da história do Brasil e homenagear os heróis que resistiram ao avanço das tropas da Revolução Federalista vindas do Rio Grande do Sul.

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Em 1894, a cidade foi cercada pelos maragatos. Durante 26 dias, 639 homens resistiram ao cerco, somente se entregando após a morte do general Gomes Carneiro, em 9 de fevereiro de 1894. A resistência atrasou a marcha dos 3 mil maragatos que seguiam para o Rio de Janeiro com o propósito de depor o marechal Floriano Peixoto da presidência. Porém, os 26 dias de cerco foi o tempo que as tropas federais precisavam para se agrupar e sufocar a revolta.

A prefeitura da Lapa inovou neste ano incluindo no calendário a exposição de obras de arte, produzidas por 120 artistas da região, por toda a cidade. O objetivo do projeto Lapa Museu de Rua é aproximar os artistas com a comunidade. Além disso, 150 atletas irão participar de uma corrida rústica. A inauguração da reurbanização da Avenida Getúlio Vargas, da Sala Prefeitos da Lapa 1956–2006 na Casa da Memória, e a Feira do Produtor são outras atividades propostas. Na ocasião, cerca de 60 artistas irão ocupar as ruas da cidade para confeccionar seus trabalhos. O restante será exposto em espaços fechados. O Theatro São João servirá de palco para debates, seminários, workshops e peças teatrais. O Cerco Coletivo deverá circular por outras cidades, universidade e espaços de rua. A prefeitura pretende que a iniciativa venha também a ser mostrada em outros países.

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Conhecida como cidade histórica, a Lapa possui o maior conjunto arquitetônico preservado do Paraná, com 14 quadras e 258 construções tombadas pelo patrimônio histórico. A cidade surgiu como parada dos tropeiros que vinham de Viamão (RS) em direção a Sorocaba (SP) levando gado e tropas de mulas. Em 1769, o povoado foi elevado à freguesia Nova de Santo Antônio da Lapa. Em 1806, tornou-se vila e, em 1872, foi elevada à cidade.