Foz do Iguaçu "Laranjas" e mototaxistas fizeram um protesto ontem na Ponte da Amizade, ligação entre o Brasil e o Paraguai. Os laranjas são trabalhadores informais contratados por sacoleiros para atravessar a fronteira com mercadorias. Eles reivindicavam a abertura de novos postos de trabalho em Foz do Iguaçu. A manifestação deixou a passagem de veículos na ponte interrompida por meia hora. Agentes da Polícia Federal (PF) foram acionados para dispersar a manifestação.
Os laranjas reivindicam dos governos federal e municipal iniciativas para absorver a mão-de-obra que antes sobrevivia do comércio informal do Paraguai. Com a queda do fluxo de sacoleiros na fronteira, estimulada pelas ações de repressão da Receita Federal (RF) para combater o contrabando, estes trabalhadores estão sem fonte de renda e não conseguem emprego formal.
Carregando faixas com críticas ao governo Lula, os manifestantes invadiram a pista de entrada para o Paraguai. Eles procuram ganhar adesão dos sacoleiros e de paraguaios ao movimento. Mas como o fluxo de turistas nesta época do ano aumenta na fronteira, os paraguaios não se demonstram simpáticos à qualquer iniciativa de fechar a Ponte da Amizade por longo tempo. "Agora não é recomendado fechar a Ponte porque os turistas argentinos estão vindo para Ciudad del Este", diz o líder dos motoristas de kombis, o paraguaio Júlio Ribas.
Um exemplo deste tipo de trabalhador é Maria Aparecida de Sousa, 36 anos. Há quase 30 dias sem fazer "bico" para os sacoleiros, Maria já deixou seu currículo em várias empresas de Foz, mas não foi chamada. "O emprego está difícil", diz. Para superar a condição, estas pessoas começaram a trabalhar como diaristas, mas o salário é baixo cerca de R$ 20 por dia, contra os R$ 70 que ganhavam na fronteira.
O secretário-executivo da Associação dos Ambulantes de Foz do Iguaçu, Walter Negrão, ressalta que os trabalhadores informais não defendem o contrabando. "Nós queremos pagar imposto. O governo tem que criar uma diferença tributária para o pequeno empreendedor", diz. Negrão sugere que o governo estipule uma alíquota própria para o sacoleiro.
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