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reviravolta

Laudo aponta que aluno morto em escola ocupada não usou drogas sintéticas

Caso ocorreu no Colégio Santa Felicidade, no fim de outubro | Atila Alberti/Arquivo/Tribuna do Paraná
Caso ocorreu no Colégio Santa Felicidade, no fim de outubro (Foto: Atila Alberti/Arquivo/Tribuna do Paraná)

Um laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística (IC) apontou que o adolescente de 16 anos, que foi assassinado dentro do Colégio Estadual Santa Felicidade (Safel), não havia consumido drogas. A mãe do jovem morto publicou o documento em seu perfil no Facebook, acompanhado de uma foto do filho. Na época em que o crime ocorreu, o secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita, disse, em entrevista coletiva, que o jovem havia consumido um microponto de LSD – com um colega.

O laudo do exame toxicológico demonstra que não foram detectados álcool etílico, cocaína, antidepressivos, anticonvulsionantes, analgésicos, benzodiazepínicos ou nerolépticos. O documento aponta que também não foi constatada “a presença de anfetaminas e metanfetaminas (como o ‘ecstasy’)”. Datado de 3 de dezembro, o laudo é assinado pelo toxicologista Eduardo Rodrigues Cabrera, que analisou uma amostra de sangue da vítima.

Ainda no Facebook, a mãe do adolescente fez postagens emocionadas sobre o caso. Em uma delas, pergunta onde estão “os acusadores” do seu filho. Em outra, diz que a verdade veio à tona.

“Pra quem tinha dúvidas, pra quem te julgou sem amenos te conhecer e saber a verdade meu filho está aí ! A verdade vc é o meu orgulho meu amor minha vida parte de mim que foi tirado um pedaço de mim que foi arrancando ,Deus fará justiça eu creio isso não vai trazer vc de volta pra mim mas sua honra está limpa ,obrigada por ter sido meu filho pra sempre sua mãe [sic]”, consta da postagem.

No auge do movimento estudantil, mas de 800 colégios em todo o estado chegaram a ser tomados pelos secundaristas. Após o assassinato do adolescente no Safel, o secretário da Sesp disse que o colégio já era alvo de um pedido de reintegração de posse e afirmou que o governo recebia inúmeras denúncias anônimas, dando conta de que havia consumo de drogas e de álcool nas escolas ocupadas.

“Os articuladores do movimento estão sendo identificadas, para que elas sejam responsabilizadas, inclusive os pais. Há denúncias de coma alcoólico dentro das instituições e outras denúncias que mostram que os pais falharam no seu dever de tutela”, afirmou, na ocasião. Ainda durante o movimento de ocupações, os conselheiros tutelares visitaram várias das escolas ocupadas e não encontraram irregularidades.

Por meio de nota divulgada neste sábado (10), a Sesp disse que “conforme foi explicado na coletiva de imprensa realizada na ocasião, as informações sobre o uso da droga sintética foram repassadas em depoimento prestado à equipe policial pelo autor no crime, no mesmo dia, e por testemunhas que estavam no local”. A secretaria acrescentou que os laudos já foram anexados ao inquérito policial que investiga a morte do adolescente e que caberá “posterior manifestação do caso pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário”.

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