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Assalto a posto em Curitiba

Laudo confirma que gravação não sofreu montagem

O casamento dos sonhos de Fred e Camila encantou o público | Divulgação
O casamento dos sonhos de Fred e Camila encantou o público (Foto: Divulgação)

O laudo do Instituto de Criminalística do Paraná confirmou que a fita cassete que contém a gravação de uma suposta conversa entre Patrícia Cabral da Silva - baleada na barriga durante um assalto a um posto de combustível, no dia 14 de maio, em Curitiba - com Luiz Carlos Cândido, suspeito de envolvimento no assalto, não sofreu montagem. Ou seja, a fita não teve nenhuma edição ou adulteração.

O resultado do laudo foi entregue na manhã desta quarta-feira (26) para o delegado-titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Rubens Recalcatti. A comprovação da autenticidade da fita, no entanto, não comprova que as vozes na gravação são da funcionária do posto e do suspeito de participação do assalto.

De acordo com o delegado, nos próximos dias a polícia vai colher amostra de voz de Patrícia para que seja enviada para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.

"Realmente a fita não foi modificada, não sofreu nenhuma edição, agora vamos esperar o confronto de vozes que deve demorar mais algum tempo", afirmou Recalcatti. "Com a próxima análise, descobriremos se a voz na gravação é mesmo autêntica", explicou. No entanto, o laudo deve demorar para ficar pronto em Brasília. "A estimativa é que demore mais de dois meses para ficar pronto", afirmou.

De acordo com Recalcatti, o exame não deve contar com a amostra da voz de Cândido, que está foragido. "Estamos atrás de Cândido também. Vamos continuar nosso trabalho para prendê-lo", definiu Recalcatti.

Reviravolta

A fita, divulgada pela rádio Banda B, foi gravada por sugestão do advogado de Sidimar Tiago Oliveira, que se entregou à polícia no dia 3 de setembro e é suspeito de ter feito o disparo contra a barriga de Patrícia. Na conversa, uma mulher, supostamente a funcionária, revela que o interesse era conseguir uma indenização de aproximadamente R$ 150 mil da empresa. O dinheiro roubado do cofre, cerca de R$ 60 mil, seria dividido entre os três assaltantes.

Na gravação, Cândido disse que estar com medo de voltar a Curitiba, pois acreditava que seria preso. A funcionária falou para ele ficar tranqüilo, pois ela não revelaria a participação dele no crime. O suspeito disse, ainda, que ninguém sabia que ela estava grávida e a mulher respondeu que, se tivesse contado, eles não teriam coragem de dar o tiro. Ela também contou que o assaltantes levaram apenas dois dos computadores e esqueceram justamente o que continha as imagens do circuito interno de segurança

O caso

Patrícia foi baleada durante um assalto na madrugada de 14 de maio no posto de combustível onde trabalhava. Três rapazes renderam Patrícia e um frentista, entraram no escritório do posto e roubaram dois computadores e um cofre. As imagens da câmera de circuito interno do posto mostraram que, após levar todo o material para o carro, um deles retornou e atira na funcionária.

Patrícia estava grávida de 17 semanas. A bala entrou pelo lado direito do abdômen, atingiu a placenta e foi parar no intestino. Por pouco o bebê não foi atingido.

No dia 13 de junho, o caso teve a primeira reviravolta. A polícia encontrou o cofre roubado durante o assalto. Três pessoas presas dias depois do assalto foram inocentadas do crime. O cofre vazio foi achado num poço de água desativado num terreno no bairro Vila Fanny, em Curitiba.

O morador, Marcio Leandro Resende, de 23 anos, e outras duas pessoas que freqüentavam a casa, Luis Carlos Cândido, 31, e Sidimar Tiago Oliveira, 26 anos, são os suspeitos. Somente Sidimar Tiago Oliveira está preso, os outros dois estão foragidos. A funcionária deu à luz no dia 20 de agosto. Angelina nasceu com 47 cm e 3,470 kg. A bala, que estava alojada no intestino de Patrícia, não foi retirada durante a cesariana.

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