O laudo feito pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) no carro de Rafael Bussamra, que atropelou Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, apontou que o veículo estava a aproximadamente 100 km/h no momento do acidente. A perícia foi entregue à delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), nesta segunda-feira (9). As informações são da assessoria da Polícia Civil.

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Rafael Mascarenhas morreu atropelado na madrugada de 20 de julho quando andava de skate com amigos no Túnel Acústico, que estava interditado para manutenção. Segundo a delegada Bárbara Lomba, um jovem que estava com Rafael teria contado que dois carros participavam de um "pega" dentro do túnel. Os motoristas dos carros negaram as acusações dos skatistas.

O documento do ICCE também aponta que as avarias no carro do atropelador não poderiam ter sido causadas se o veículo estivesse a uma velocidade inferior a 60 km/h. Segundo a delegada, as investigações da polícia já indicavam os resultados divulgados no laudo. Já a análise da reconstituição do atropelamento ainda não foi concluída.

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Atropelador confirmou 90 km/hRafael Bussamra, de 25 anos, admitiu em depoimento à delegacia que dirigia a pelo menos 90 km/h. O pai do rapaz, Roberto Bussamra, confessou à polícia que foi coagido por dois PMs do 23º BPM (Leblon) a pagar R$ 10 mil de propina para livrar o filho. No entanto, ele alegou que pagou apenas R$ 1 mil ao descobrir que a vítima era filho da atriz Cissa Guimarães.

Os dois policiais, um cabo e um sargento, estão na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Benfica, na Zona Norte, e negam que houve pedido de propina ou extorsão.

Advogado diz que atropelador pediu socorroO advogado de Rafael Bussamra disse que seu cliente parou para prestar socorro após o acidente. Ainda segundo o advogado, foi nesse momento que os policias militares Marcelo Leal e Marcelo Bigon chegaram ao local do acidente, dentro do Túnel Acústico. "Os PMs encostaram ao lado do carro do Rafael dizendo que ele tinha que ir para a delegacia. Os policiais nem se preocuparam em saber como estava o Rafael Mascarenhas", contou Levy. "Os PMs falaram: ‘Você já ligou e o socorro está vindo. Agora, temos que ir para a DP’", complementou o advogado.

De acordo com o advogado, no caminho para a delegacia, os policias teriam "mudado de conduta", desistido de levar o jovem para a delegacia e teriam pedido a propina.

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