O laudo gerado após a exumação do corpo de Tayná da Silva, 14 anos, não descarta a hipótese de violência sexual. Essa é a opinião do advogado Luiz Gustavo Janiszewski, que representa a família da vítima. Ontem, a Gazeta do Povo revelou que o exame feito a pedido do Ministério Público reafirmava o primeiro laudo do Instituto de Criminalística e descartava que a vítima tenha sofrido violência sexual antes do homicídio.
Segundo Janiszewski, nem mesmo o primeiro laudo descartava a hipótese. "O laudo de necropsia realizado após a exumação foi disponibilizado à família e lá não consta nenhuma informação de que não houve violência sexual", diz trecho da nota enviada pelo advogado, que não pôde fornecer o laudo por causa do sigilo de justiça imposto ao caso.
Conforme fontes ligadas às investigações, o laudo feito após a exumação do cadáver de Tayná serviu para averiguar dois pontos específicos questionados no primeiro laudo: se houve ou não a violência sexual e se o osso do pescoço estava quebrado. Isso ocorre quando a vítima sofre uma "gravata". Esse golpe foi descrito pelos quatro homens tratados inicialmente como suspeitos como um dos movimentos aplicados contra a vítima.
O laudo de necropsia pós-exumação foi feito por legistas indicados pelo MP e foi acompanhado pelo promotor do caso. Os profissionais escolhidos foram diferentes daqueles que participaram do primeiro exame. A reportagem voltou a ouvir especialistas envolvidos nos exames e eles reafirmaram que Tayná não sofreu violência sexual.
"Em nenhum dos laudos está descrito que houve violência sexual. O que está escrito no primeiro laudo é que houve um ato libidinoso diverso da conjunção carnal por conta do espermatozoide encontrado na calcinha da vítima. Mas não foi isso que a fez morrer", afirmou um funcionário do IML, que pediu para ser identificado.
Obscuros
Para o advogado da família de Tayná, a alegação de que não houve violência sexual "não é verdadeira e atende a interesses obscuros que não a busca da verdade". A nota enviada por Janiszewski, entretanto, não diz quais seriam esses interesses.
A família acredita que o quarteto preso inicialmente é culpado do crime. Os suspeitos acabaram liberados após denúncias de que eles confessaram o assassinato após sessões de tortura. Além disso, um laudo comprovou que o sêmen encontrado na calcinha da vítima não era de nenhum deles. O inquérito que investiga o crime, ocorrido em junho do ano passado, já foi prorrogado seis vezes e atualmente é presidido pelo delegado Cristiano Quintas.
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