O jornalista e escritor Laurentino Gomes, 54 anos, é o mais novo integrante da Academia Paranaense de Letras (APL). O maringaense, radicado em São Paulo, tomou posse da cadeira número 18 na noite de ontem, em cerimônia no câmpus Milton Vianna Filho, do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba), em Curitiba. Ele foi saudado por cerca de 150 pessoas presentes no evento.
Gomes assumiu a vaga do jornalista Francisco Cunha Pereira Filho (1926-2009), ex-diretor-presidente do grupo RPC. Em discurso, o novo acadêmico saudou a todos os antecessores na cadeira, em especial ao doutor Francisco. "Sou o primeiro pé vermelho na academia e isso representa que a academia é aberta ao novo", disse. Por coincidência, todos os que ocuparam a cadeira 18 nasceram ou tinham ligações com a Lapa. Gomes lembrou que logo depois de entrar na faculdade de Jornalismo veio pedir emprego na Gazeta do Povo. A vaga de trabalho ele não conseguiu "era muito inexperiente ainda" , mas quis o destino que sucedesse na academia justamente o dono do maior jornal do Paraná. O novo acadêmico falou ainda sobre as campanhas vitoriosas da Gazeta em prol do Paraná, como no caso dos royalties de Itaipu. Ao fim do discurso, foi bastante aplaudido.
A entrada de Gomes na APL foi comemorada pelos demais integrantes. Ernani Buchmann, escritor e publicitário, lembra que o ex-presidente Túlio Vargas (1929-2008) deu início a um processo de abertura da entidade para pessoas com destaque no mundo das letras e expressão na sociedade. "Oriovisto Guimarães, do Grupo Positivo, e Belmiro Valverde, professor universitário e colunista da Gazeta, são dois exemplos disso. A APL, desde muito, reuniu nomes expressivos, mas ela segue se renovando", disse.
O presidente da APL, José Carlos Veiga Lopes, afirma que a entrada de Gomes tem muita importância para a entidade. Ele lembra que só é possível entrar na APL a partir de indicação um escritor não pode, por exemplo, se candidatar a uma vaga. "E, desde o primeiro momento, quando sugeriram o nome de Laurentino Gomes, a adesão dos acadêmicos foi unânime. Ele é uma pessoa reconhecidamente importante", completa.
Gomes é um dos autores brasileiros mais bem-sucedidos. O seu livro de estreia, 1808, que mostra a chegada da corte portuguesa no Brasil, vendeu 600 mil exemplares. Já 1822, sobre a Independência, acaba de ser lançado e as primeiras 100 mil cópias esgotaram em poucos dias. A crítica especializada analisa que o sucesso do autor é resultado de um casamento bem-sucedido de pesquisa histórica com texto fluente. O autor acumula no currículo décadas de atuação como jornalista, principalmente em revistas da Editora Abril, entre as quais, a Veja.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião