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Bingos

Legista reafirma que Celso Daniel foi torturado

Brasília (Folhapress) – O legista Paulo Vasques afirmou ontem à CPI dos Bingos que o prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002, foi torturado antes de morrer.

"Houve sinais claros de tortura. Eu e o doutor (Carlos) Delmonte (outro legista, morto em outubro do ano passado) tivemos convicção de que houve tortura. Houve um tiro de esculacho na boca e queimaduras nas costas que comprovam a tortura. Este tipo de execução não é comum", afirmou.

À CPI, Vasques sustentou a tese de que o crime foi encomendado. O legista afirmou ainda que o laudo preliminar de Delmonte, realizado ainda em janeiro de 2002, já constava a tortura.

Vasques também negou que Delmonte tenha se suicidado. Vasques, que foi um dos responsáveis pela autópsia, confirmou que o médico-legista estava em depressão, que deixou dois bilhetes, mas sustentou que a morte ocorreu porque ele se asfixiou devido a uma bronquite. Ele também descartou haver ligação entre a morte do legista e o caso Celso Daniel.

Em dezembro, a investigação da Polícia Civil sobre a morte do perito já havia descartado a possibilidade de morte natural ou homicídio.

Ontem ainda, em depoimento à mesma CPI, os dois delegados responsáveis pela investigação do assassinato de Celso Daniel mantiveram a versão de que o crime foi comum. "Não há dúvida de que os oito indivíduos que foram presos são os executores de Celso Daniel. Foi um seqüestro com fins lucrativos. Foi um crime comum", disse Edson Santi, delegado do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado.

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