Com o auditório lotado de militantes gays e evangélicos, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado adiou mais uma vez a votação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que criminaliza os atos de homofobia. Após quase três horas de debates acalorados, a reunião foi encerrada em meio aos gritos de guerra de ambas as frentes.Lideranças evangélicas puxaram um "Glória, glória, aleluia", dando ares de culto à reunião, enquanto gays e simpatizantes, em minoria, rebatiam: "Nossa luta é todo dia, contra o racismo e a homofobia". A relatora, senadora Marta Suplicy (PT-SP), pediu novo adiamento da votação, com receio de uma derrota que levaria ao arquivamento do projeto, que tramita há 12 anos no Congresso.
Pelos cálculos da petista, se o seu substitutivo fosse votado hoje, o placar final seria de 7 x 7, sem nenhuma margem de segurança. Apesar do novo adiamento, senadores enxergaram avanços na discussão. Na saída, o senador Magno Malta (PR-ES), a voz mais enfática contra o projeto, cumprimentou o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT), Toni Reis, e demonstrou disposição para o diálogo.
Os gays reivindicam a equiparação dos atos de homofobia ao crime de racismo, que constava do texto original aprovado na Câmara.
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