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Réveillon Fora de Época, em março, na Praça da Espanha | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Réveillon Fora de Época, em março, na Praça da Espanha| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Internet

Carnaval Fora de Época movimenta rede social

Mais uma vez, por meio de redes sociais, ocorre o convite para um evento fora de época na cidade. Desta vez, anuncia-se um carnaval para 26 de maio, novamente na Praça da Espanha. Em sua página oficial no Facebook, o evento conta com a confirmação de aproximadamente 2,5 mil pessoas. O convite avisa: "Os organizadores entrarão em contato com as autoridades, para que o evento possa realmente ser confirmado, com segurança e qualidade."

Apesar disso, a Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas de Curitiba (Abrabar) procurou a Delegacia de Crimes Cibernéticos e o Ministério Público na manhã da terça-feira para identificar os organizadores e tentar proibir o evento caso ele não atenda às exigências legais. Para Fabio Aguayo, presidente da associação, é importante que os responsáveis aprendam que é preciso organizar-se adequadamente.

O projeto de lei que só permite a realização de eventos de grande porte em Curitiba com a presença de um responsável e de suporte médico também terá impacto sobre manifestações públicas e passeatas. Aprovado na terça-feira pela Câmara Municipal, o projeto do vereador Juliano Borghetti (PP) rendeu muita discussão nas redes sociais, principalmente pelo histórico da capital paranaense em realizar eventos fora de época com organização via internet.

De acordo com a proposta aprovada, um evento é considerado de grande porte quando reúne mais de 2 mil pessoas, em local público ou privado, independentemente da natureza: cultural, promocional, religiosa, esportiva ou artística. A exigência leva em consideração, também, encontros fixos ou móveis. Assim, a proposta abrange de festas em praças a passeatas.

Segundo a proposta, além de terem um responsável, esses eventos deverão ofertar apoio médico adequado. "Se reuniu 2 mil pessoas, deve haver uma ambulância e médicos à disposição", afirma Borghetti. Nos casos de eventos privados, a própria organização deverá contratar um serviço de emergência. Para aqueles que já estão no calendário oficial da cidade, como maratonas e passeios ciclísticos, a prefeitura continua a oferecer o serviço.

Repercussão

Organizações sociais e de traba­lhadores que costumam promover atos públicos receberam bem o projeto aprovados pelos vereadores. Por meio da assessoria de imprensa, o Movimento dos Tra­balhadores Rurais Sem Terra (MST) informou que, ao comunicar o governo do estado sobre a realização de uma passeata, já é avisada de que é preciso haver serviço médico.

"O governo não libera a ambulância para estar junto com a gente, mas os paramédicos ficam de sobreaviso para qualquer chamada que aconteça", explica.

Já o Sindicato dos Traba­lhadores em Educação Pú­­­blica do Paraná (APP Sindicato) diz que a medida não vai causar transtornos. "Nunca tivemos problemas nas reuniões de rua e por isso não atentamos para esse fato, mas essa nova lei vai nos proteger, inclusive", afirma a secretária de Administração e Planejamento do sindicato, Clotilde Vasconcellos.

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