Os moto-entregadores de Curitiba devem ser atingidos por duas novidades nos próximos meses além do anúncio da criação de mil vagas de estacionamento para motocicletas no centro, feito recentemente. Até novembro, começa a valer a lei 11.738, de maio de 2006, que prevê a regularização do serviço de moto-entregas na capital. A lei encontra-se em fase de regulamentação na Urbs (empresa que gerencia o transporte na cidade). Além dela, outra lei, a 11.034, de 2004, vai sair do papel até o fim do ano. Ela estabelece a instalação de barras de aço nos estacionamentos para motos, para evitar furtos.
A lei que regulariza a prestação de serviço pelos motoboys prevê que eles tenham no mínimo um ano de carteira "A", não tenham antecedentes criminais, possuam curso na área, documentos que os identifiquem como moto-entregadores e que usem identificação na motocicleta. Além disso, as empresas de moto-frete terão de ter autorização da Urbs para funcionar.
"Acredito que a lei de regularização da atividade vai trazer benefícios para motoboys e empresas e, conseqüentemente, para o cliente. É interessante porque ela mexe com a cultura de informalidade, mas teremos tempo para nos adequarmos", afirma o proprietário da empresa de moto-entrega Frota Curitiba, Aparecido Monteiro.
"Essa lei leva em conta o que foi decidido na convenção coletiva da categoria", acrescenta o presidente do sindicato da categoria, Tito Mori. "Acho que teremos mais segurança", acrescenta o moto-entregador Eduardo Gabardo, 31 anos.