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Lei Seca e multas mais altas reduzem em 16% as mortes no trânsito no Paraná

 | ANTONIO COSTA/ANTONIO COSTA
(Foto: ANTONIO COSTA/ANTONIO COSTA)

Os homicídios culposos de trânsito diminuíram 16% em todo Paraná em 2014. O dado foi anunciado nesta segunda-feira (16) pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp). Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Paranaguá e Foz do Iguaçu puxaram a redução de quase todas as regiões. A capital viu baixar em 10% os crimes de trânsito, enquanto em Londrina a baixa foi de 87%.

A secretaria considera que o trabalho de fiscalização fortalecido conseguiu resultado eficaz no período. O rigor da Lei Seca é outro fator também apontado pelas polícias como muito relevante na queda dos homicídios culposos de trânsito.

A partir de dezembro de 2012, a multa para quem é flagrado dirigindo alcoolizado ou sob efeito de outra substância psicoativa passou de R$ 957 para R$ 1.915,40. A pena é a mesma para quem se recusa a fazer o teste do bafômetro. O veículo e a habilitação também são retidos. Pela lei, qualquer concentração de álcool no sangue ou ar alveolar já caracteriza uma infração. Casos de concentração igual ou superior a seis decigramas por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama por litro de ar alveolar estão sujeitos à detenção de seis meses a três anos, além de multa e suspensão ou proibição de condução.

Mudança de cultura

Além do endurecimento da legislação, parece haver uma mudança cultural pequena, mas significativa. Para o delegado titular da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba, Vinicius Augustus de Carvalho, o efeito de lei tem colocado cada autuado como um multiplicador.

“Cada um que paga fiança ou é autuado precisa avisar alguém já que as multas são altas. Eles viram multiplicadores da informação. E isso tem acontecido no estado todo. Agora existe mais conhecimento do que as pessoas sofrem quando são flagradas por embriaguez ao volante”, disse.

O tenente Ismael Veiga, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPtran) de Curitiba, afirmou que, apesar da queda, é preciso seguir orientando e fiscalizando a população. De acordo com ele, a principal mudança na lei que fortaleceu a fiscalização é a possibilidade de não precisar do bafômetro para realizar a autuação. “O que nos chama muito atenção é que as pessoas ainda têm muito medo de perder dinheiro também. Mexer no bolso tem ajudado.”

Segundo Carvalho, cerca de 95% dos flagrados por embriaguez ao volante são homens com mais de 25 anos. O número de mulheres gira em torno dos 5% com a mesma idade dos homens. “Tem casos com pessoas mais jovens, mas ainda é menor”, frisa o delegado.

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