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Os reflexos dos dispositivos da Lei Seca no registro de acidentes e mortes nas estradas brasileiras já são perceptíveis, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.

As novas regras que entraram em vigor no dia 20 de junho, fizeram com que a quantidade de acidentes nas estradas federais do país, pela primeira vez no ano, passasse a ser menor do que o registrado em 2007.

O número de mortes também caiu após a mudança da legislação, que tornou mais rigorosas as punições para quem é flagrado dirigindo depois de ingerir bebida alcoólica.

O levantamento da polícia compara números deste ano (antes de a norma vigorar) com dados de 2007, e informações a partir da entrada da lei em vigor (segunda metade de junho deste ano) com estatísticas do mesmo período do ano passado.

De acordo com a PRF, enquanto em maio de 2008 já havia sido registrado crescimento de 12,8% no número acidentes na comparação como mesmo período de 2007, a partir de junho, o mesmo índice passou a ser de -2,02%, quando comparado ao mesmo mês do ano passado.

O índice de mortes, que na comparação do período de 1º de janeiro a 19 de junho deste ano, com o mesmo período de 2007 apresentava redução de 0,8% também diminuiu com a aplicação dos dispositivos da Lei Seca. O valor passou a ser de -13,4% na comparação de 20 de junho a 31 de julho de 2008 com o mesmo período do ano passado.

Existia uma tendência de alta e ela foi freada, afirmou o assessor de comunicação da PRF, Alexandre Castilho. Ele reforçou que a combinação álcool e direção está diretamente relacionada s mortes no trânsito. Uma prova disso, exemplificou, é que na comparação entre o mês de julho de 2008 e o mesmo período do ano passado, o número de acidentes sem vítimas foi maior, mas o número de mortes após a Lei Seca caiu.

Segundo Castilho, a imprudência dos motoristas permanece, mas com a ingestão menor de álcool os acidentes fatais ocorrem em menor número.

A Lei Seca provocou uma discussão saudável na sociedade mostrando que todas as esferas de governo buscam uma forma para redução dos acidentes. E essa discussão acabou contaminando vários setores da sociedade e os motoristas colaboram também.

O balanço da PRF no mês de férias constatou também que o número de mortes teve uma redução maior nos centros urbanos do que nas áreas rurais. Isso, segundo Castilho, ocorreu porque, além da PRF, outros órgãos também auxiliaram o trabalho de fiscalização do trânsito nas grandes cidades.

"Nesses centros urbanos a Polícia Rodoviária Federal conta com outros parceiros de fiscalização, como as polícias militares, guardas municipais e outros órgãos de trânsito. Todos esses auxiliam o trabalho da Polícia Rodoviária Federal em tirar o motorista embriagado do volante, disse.

No Rio de Janeiro, a PRF registrou 42 mortes entre os dias 1º e 31 de julho deste ano, uma redução de 30% em relação ao mesmo período de 2007. Já em São Paulo, a redução foi de 21%; Minas Gerais 22% e Pernambuco 27%.

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