Cinco motoristas de Curitiba foram presos por dia, em média, por embriaguez ao volante neste ano. Entre o primeiro dia de 2013 e esta sexta-feira (27), 1,8 mil pessoas foram flagradas dirigindo alcoolizadas pela capital, segundo a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).
Para o titular da unidade, delegado Rodrigo Brown de Oliveira, o aumento de prisões é explicado pela intensificação da fiscalização da Polícia Militar (PM) nas ruas da cidade. "O número é alto. Mas não significa que as pessoas começaram a beber mais. O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) tem feito blitze diariamente. E nós, da Dedetran, trabalhamos exclusivamente com o resultado do trabalho da PM".
Segundo o policial, consumir um percentual mínimo de álcool já pode causar um acidente. "Por mais que [os motoristas] achem que podem beber um pouco antes de dirigir, isso já pode contribuir muito para causar um grave acidente".
O delegado não tinha disponível o total de prisões em 2012 em razão de estar lotado na Operação Verão, no Litoral do Paraná. A assessoria de imprensa da PM foi procurada para informar o número de operações realizadas pelo BPTran na cidade, mas disse os responsáveis pela estatística estão trabalhando no policiamento de rua até janeiro.
Em reportagens anteriores, a Gazeta do Povo informou que, entre janeiro e setembro deste ano, o BPTran realizou 526 operações durante o dia, sem contar as realizadas durante a madrugada.
Lei
A multa para quem é flagrado dirigindo alcoolizado ou sob efeito de outra substância psicoativa é de R$ 1.915,40. A pena é a mesma para quem se recusa a fazer o teste do bafômetro. O veículo e a habilitação são retidos também.
Pela lei, qualquer concentração de álcool no sangue ou ar alveolar já caracteriza uma infração. Casos de concentração igual ou superior a seis decigramas por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama por litro de ar alveolar estão sujeitos à detenção de seis meses a três anos, além de multa e suspensão ou proibição de condução. Normalmente, após a prisão, o delegado determina um valor para fiança. Depois disso, o motorista responde o processo em liberdade.