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Outro lado

LBR afirma que lotes já foram recolhidos

Apesar de as investigações do MP-RS indicarem a adulteração do leite, a LBR Lácteos, dona da marca Líder, nega que os produtos encaminhados ao Paraná e São Paulo sejam "batizados". A empresa alega que foi informada da suspeita de contaminação do lote de um dos fornecedores em 25 de fevereiro pelo Ministério da Agricultura. Ao tomar conhecimento do possível problema, as embalagens foram recolhidas como "medida preventiva". A LBR declara ainda que realizou outros testes com amostras do leite dos lotes possivelmente contaminados e que não identificou nenhum problema. Já o Ministério da Agricultura disse que determinou o recolhimento do produto, mas que a LBR recorreu à Justiça para que ele não fosse recolhido. A empresa tem até o fim desta semana para comprovar que o leite não foi contaminado.

Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) determinou ontem a suspensão da venda de dois lotes de leite UHT da marca Líder, pertencente ao grupo LBR Lácteos, suspeitos de conter formol em sua composição, que é prejudicial à saúde. Os lotes Lob 04 D 06:00, de 13 de fevereiro, e o Lob 18 C 04:01, do dia 14 do mesmo mês, deve ser retirados das prateleiras dos supermercados. A suposta adulteração foi apontada em uma investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul e que foi deflagrada na última sexta-feira.

De acordo com o MP-RS, cerca de 200 mil litros do produto, de um total de 300 mil, foram adulterados e encaminhados a uma distribuidora na cidade de Lobato, no Norte do estado, para a embalagem e distribuição aos consumidores. Já os outros 100 mil litros foram destinados a Guaratinguetá, no interior paulista, e vendidos com a marca Parmalat. A investigação apurou que o leite era "batizado" e resfriado pela empresa O Rei do Sul, em Condor (RS), de onde eram enviados para envasamento nas cidades do Paraná e de São Paulo.

A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, recomenda que caso o consumidor tenha adquirido um produto do lote contaminado, ele deve entrar em contato com a empresa e solicitar a devolução do dinheiro. Se a pessoa tenha passado mal pela ingestão do leite, ela deve procurar o Procon para saber quais providências tomar.

A operação do MP-RS, batizada de Leite Compensado, teve início em maio de 2013 e flagrou, desde então, quatro esquemas de adulteração no Rio Grande do Sul. Os produtos seriam distribuídos para vários estados. Na composição, para aumentar o volume, foram encontradas substâncias como água, formol e ureia.

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