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São Paulo – O Procon de Goiás divulgou as marcas de leite que foram reprovadas em análises feitas no estado. Doze das 19 marcas analisadas de leite de saquinho e seis das 24 de leite longa-vida apresentaram irregularidades em testes do laboratório da Universidade Federal de Goiás.

Em duas marcas de leite pasteurizado, a Big Leite, da cidade de Senador Canedo, e a Capilat, de Abadiânia, foi constatada a presença de soda cáustica, segundo o relatório do Procon. Em cinco marcas analisadas, os técnicos encontraram alto índice de água oxigenada. Os outros leites de saquinho tiveram problemas como nível de gordura abaixo do adequado e coliformes fecais (fezes).

Nos testes feitos com leite longa-vida foram detectados problemas de adição de soro em três marcas e baixa quantidade de gordura em outras três. Os produtos foram coletados em Goiânia, mas também podem ser vendidos em outros estados, segundo o órgão.

Prisão

A Justiça Federal em Uberaba (MG) prorrogou ontem a prisão do químico acusado de ser o criador do esquema de adulteração de leite descoberto pela Operação Ouro Branco, deflagrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Estadual e pela Procuradoria da República em Minas.

A operação teve ao menos 27 presos, mas a maioria já foi liberada. A prisão do diretor-presidente da Copervale, uma das cooperativas acusadas de adulterar o leite, também foi prorrogada por mais cinco dias.

A Procuradoria pediu também a manutenção da prisão de quatro pessoas presas pela em Passos, por ligação com a Casmil, outra cooperativa acusada de fraudar o leite.

A Parmalat afirmou ontem, em nota, que seus dois lotes de leite longa-vida interditados preventivamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão vencidos e fora do mercado. Os lotes são suspeitos de adulteração.

A Parmalat garante que todos os seus produtos disponíveis ao consumidor nos pontos de venda, não pertencem a estes lotes, não têm qualquer restrição de consumo e apresentam a tradicional qualidade da empresa."

A Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu) afirmou ontem, em nota, que iniciou o recolhimento dos três lotes de leite longa-vida que podem ter sido adulterados na quarta-feira, dois dias antes que a Anvisa determinasse a interdição preventiva deles.

Segundo a empresa, as unidades do três lotes "já foram praticamente recolhidos do mercado". Eles somam 50.400 litros da bebida.

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