As turmas do 4.º ano da Escola Municipal Clair do Rocio Sandri, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, estão preocupadas com os rios que passam por Curitiba e a região. As professoras Lilian Jacon e Marli Pirini, alinhadas às propostas das Diretrizes Curriculares do município, resolveram fazer um trabalho com os alunos e alertá-los sobre os riscos do assoreamento dos rios e as formas de prevenção e combate a esse fenômeno. A escola é patrocinada pela Votorantim Cimentos e Instituto Votorantim.
O ponto de partida para a prática foi a matéria “Rios limpos: o que Curitiba tem a aprender”, publicada em 17 de agosto na Gazeta do Povo. Sobre a contribuição do jornal para o trabalho pedagógico, a professora Marli afirmou que“o jornal é uma ferramenta riquíssima para tornar a prática na sala de aula cada vez mais prazerosa. Ferramenta essa que traz informações, amplia o vocabulário e aperfeiçoa a leitura”.
Combate ao desmatamento
Embasados pelas informações contidas na reportagem, os alunos iniciaram uma força-tarefa para envolver toda a escola e a comunidade. “Curitiba e Região Metropolitana estão rodeadas de rios, porém, o problema aumenta com a falta de informação dos cidadãos. Nossos rios estão sofrendo e muitos chegam a morrer”, afirmou a professora.
Após pesquisarem em outras fontes disponíveis, estudantes e docentes chegaram à conclusão que o assoreamento é, na maioria das vezes, causado pelo mau uso do solo e pelo acúmulo de resíduos sólidos nas margens dos rios. O desmatamento da mata ciliar contribui para que esses resíduos cheguem ao fundo dos rios. O assoreamento provoca a redução no volume de água de algumas partes do rio, compromete o fluxo das correntes, altera a visibilidade e a entrada de luz, reduzindo a renovação do oxigênio da água e colaborando para o desequilíbrio do ecossistema.
As turmas se uniram, produziram cartazes, folhetos, apresentações, textos e até uma música foi composta com a ajuda da professora Marli. Todo esse esforço para a conscientização foi importante para que a comunidade pudesse perceber que, além de cuidar, é preciso cobrar das autoridades programas que garantam a saúde dos rios e do ecossistema da nossa terra e da nossa gente.