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O edital de licitação do metrô de Curitiba será lançado oficialmente na próxima semana – duas semanas depois da previsão inicial –, afirmou ontem o secretário municipal de Planejamento, Fábio Scatolin, durante um encontro da prefeitura com o empresariado da capital paranaense. Depois da publicação, começa a correr o prazo de 45 dias para as empresas manifestarem interesse. Na prática, é o pontapé inicial para o começo das obras. A expectativa do prefeito Gustavo Fruet (PDT) é de que o contrato seja assinado ainda em 2013 e as obras, orçadas em R$ 4,5 bilhões, comecem em 2015. "Estamos na expectativa de assinar o contrato ainda este ano, já prevendo os questionamentos, como em quase todo edital", disse.

Além do edital do metrô, outras licitações devem começar a ser lançadas nas próximas semanas, ligadas principalmente a obras de mobilidade. Entre elas está o início das obras de desalinhamento da linha Centenário/Campo Comprido, que prevê também a construção de novos tubos. O processo deve ser feito nos mesmos moldes da reestruturação da linha Santa Cândida/Capão Raso. Também sairão os editais de conclusão da Linha Verde e de remodelação da linha do Inter 2. O total de investimentos garantidos até 2017 é de cerca de R$ 9 bilhões, diz a prefeitura.

Atrasos

Sobre os atrasos para o começo das obras, Fruet pediu paciência e reclamou do excesso de burocracia. "Existe uma série de mecanismos que temos de cumprir para evitar a corrupção, o que é sempre importante, mas acaba demorando. O tempo de elaboração [de um projeto] acaba sendo igual ao de execução", relatou. Segundo Scatolin, os editais não serão lançados simultaneamente para evitar "o caos no trânsito". "Imagina se começar todas as obras da Linha Verde ao mesmo tempo. Vai parar tudo", comentou.

A prefeitura também deve contratar obras para a construção de 42 creches e cinco escolas municipais, além de iniciar um plano de gestão de desastres naturais que deve reformular a ocupação nas bacias dos rios Belém, Barigui, Atuba e do Ribeirão dos Padilhas. A iniciativa, que tem o objetivo de "limpar" os rios, vai realocar famílias que estejam em área de risco e investir em saneamento, deve custar R$ 798,7 milhões. O total de investimentos garantidos até 2017 é de cerca de R$ 9 bilhões, diz a prefeitura.

A intenção da administração municipal com o encontro de ontem foi estreitar o relacionamento e tirar as dúvidas do empresariado sobre os projetos para estimulá-los a participar das concorrências. "A prefeitura não constrói, ela licita. Queremos conclamá-los para aproveitar as oportunidades e nos ajudarem", disse Scatolin.

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