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“pipódromo”

Líder comunitário quer transformar terreno baldio em espaço para empinar pipa em Curitiba

 | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA
(Foto: Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA)

Um espaço seguro e agradável, onde crianças e adultos possam se divertir como antigamente, empinando suas pipas e contribuindo ainda com a preservação da natureza. É o que propõe o líder comunitário Mauro Gonçalves, 52 anos, ao pedir à prefeitura a criação de um “pipódromo” público na Rua Carmem Gorski Camargo, no Xaxim, em um local que fica às margens do Córrego das Varaneiras e que atualmente só é ocupado por mato e entulhos.

Segundo Mauro, que também comanda a loja de pipas e raias Art Céu e participa de projetos sociais com os tradicionais brinquedos artesanais, esse poderia ser um dos principais pontos de lazer da região, que fica na divisa dos bairros Hauer, Boqueirão e Xaxim. Ele explica que, para que o “pipódromo” possa sair do papel, basta um baixo investimento por parte da prefeitura, com recursos destinados à limpeza do mato, plantio de grama, melhoria na urbanização, pavimentação e iluminação da rua.

“Esta ideia surgiu ao notar a necessidade que temos em encontrar um lugar seguro pra soltar pipas na cidade. Antigamente a gente tinha vários campinhos nos bairros, agora não temos mais. Precisamos de lugar onde os adultos, jovens e as crianças fiquem distantes dos perigos dos fios da rede elétrica, das árvores e dos carros”, relata.

E a escolha do local para sediar o “pipódromo” não se deu ao acaso. De acordo com Mauro, um dos objetivos do projeto é recuperar esse fundo de vale, que conta com nascentes no Córrego das Varaneiras. “Se tudo der certo, teremos o campinho com gramado nas margens do córrego e do outro lado, ainda vamos poder aproveitar o bosque que já existe ali”.

Unindo a comunidade

A proposta apresentada oficialmente por Mauro ao prefeito Gustavo Fruet no último dia 14, na audiência pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2017 na Regional Boqueirão, supriria a demanda dos fãs das pipas. Só na loja do líder comunitário são mais de 350 clientes cadastrados, pessoas do bairro e de outras regiões da cidade que o procuram para comprar artigos para a confecção das pipas ou para participar das reuniões e eventos locais, que costumam juntar grupos que vão desde poucas pessoas até multidões, com mais de mil participantes.

“Se der certo este projeto pode se tornar modelo, podendo ser adotado pelas outras regionais da cidade. Muita gente vem de outros lugares para soltar pipa por aqui, seria bom que todos tivessem acesso a um campinho”, observa Mauro.

Morador de uma casa que fica em frente ao terreno que pode abrigar o “pipódromo”, o porteiro Jackson Viera da Costa, 32, aprova a iniciativa. “A ideia é muito boa, o “pipódromo” vai unir a comunidade. Vai ser bom para as crianças, que vão poder brincar sem correr perigo e para o rio, que vai ser preservado”.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que realizará estudos para encontrar uma área que seja de domínio público e adequada para viabilizar a sugestão do morador.

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