A Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) frustrou a tentativa de forjar a própria morte do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, de 33 anos, apontado como líder do tráfico da favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. O médico Dalton Jorge, que assinou o atestado de óbito e recebeu R$ 150 pelo serviço está preso.
A polícia investiga se o traficante usaria o corpo de alguém para simular o enterro marcado para última sexta-feira, às 16h15 na Quadra 8, do Cemitério do Caju, na zona norte. No atestado, o local do óbito é a sede 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), a distrital que investiga o Nem por tráfico e associação para o tráfico desde 2005. De acordo com a Polícia Civil do Rio, ele usaria uma nova identidade, em que apenas abreviou os nomes dele e dos pais, além de alterar em um dia a data de nascimento.
O objetivo de simular a morte seria escapar do cerco policial, de acordo com os investigadores da DRFA. No entanto, segundo moradores da Rocinha, Nem continua circulando normalmente pela favela e, na sexta-feira, participou da festa de aniversário de um dos gerentes do tráfico. A comemoração contou com distribuição de bebidas e duas queimas de fogos.