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Ônibus da linha Colombo/CIC acidentado na Praça Tiradentes: falha mecânica é a principal linha da investigação policial | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Ônibus da linha Colombo/CIC acidentado na Praça Tiradentes: falha mecânica é a principal linha da investigação policial| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O ônibus ligeirinho que causou o acidente na Praça Tiradentes, que matou duas pessoas e deixou 32 feridas, já foi retirado nesta terça-feira (22) do pátio do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), onde passava por testes comandados pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC). O ligeirinho foi levado para o estacionamento da Auto-Viação Redentor, empresa proprietária do veículo.

De acordo com os peritos do Instituto de Criminalística, todos os testes necessários já foram realizados. Para esclarecer dúvidas que surgiram durante os trabalhos, os peritos do IC vão enviar uma carta solicitando informações para a Mercedes-Benz, que é a fabricante do ônibus.

A continuidade das investigações depende do resultado da perícia, segundo Armando Braga, delegado responsável pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). Braga também descartou a realização de uma reconstituição do acidente.

Vítimas

Apenas uma das vítimas do acidente permanece internada. Maria Inês Marcondes, de 42 anos, fraturou as duas pernas e está internada no Hospital Cajuru, onde se recupera de uma cirurgia. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, estado de saúde dela é estável e deve receber alta nesta semana.

A outra vítima que ficou hospitalizada foi Claudete Pimentel Silveira, de 30 anos, que machucou duas vértebras da coluna cervical e recebeu tratamento no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Ela foi liberada na sexta-feira (18). Na quinta (17), um exame de ressonância magnética descartou a necessidade de cirurgia na paciente.

O advogado da Redentor, Heitor Fabreti Amante, afirmou que a empresa está prestando atendimento às vítimas que os procuraram. Cada caso é analisado individualmente e a empresa faz o reembolso das despesas das pessoas que apresentam os comprovantes de pagamento.

Motorista

O motorista do ônibus, José Aparecido Alves, de 49 anos, que estava afastado do trabalho desde o dia do acidente, recebeu um novo atestado médico. Ele permanece afastado por mais 15 dias. Em entrevista à Gazeta do Povo, o motorista falou sobre a tragédia e alega não ter conseguido frear. Ele evitou comentar sua prisão, na noite do acidente, e afirmou apostar na perícia como forma de comprovar sua versão dos fatos.

Apesar de não se considerar responsável, Alves pediu desculpas aos feridos e à família dos mortos, negou ter sofrido um mal súbito e indicou a impossibilidade de frear como causa do acidente.

Acidente

O acidente ocorreu em um dos horários de maior movimento na Praça Tiradentes, no Centro da capital. O ônibus havia acabado de deixar a estação tubo na praça, quando seguiu fora de controle, atingiu um táxi que estava parado na rua, furou o sinal vermelho, colidiu contra um carro, invadiu a calçada, derrubou o ponto de ônibus e entrou na loja Pernambucanas.

No momento do acidente, 30 pessoas estavam no ônibus. Das 32 pessoas que ficaram feridas, 30 tiveram ferimentos leves e duas ficaram em estado grave. Os feridos foram levados para os hospitais Evangélico, Cajuru, Trabalhador e Angelina Caron. Dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outro do governo do estado, auxiliaram no socorro às vítimas mais graves.

O acidente deixou dois mortos. Edison Pereira da Silva trabalhava no Teatro Guaíra como sonoplasta e era responsável pelos registros audiovisuais das produções da casa. Carlos Alberto Fernandes Brantes, de 63 anos, foi a segunda pessoa a morrer por causa do acidente. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no helicóptero a caminho do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Ambos passavam pela praça no momento do acidente.

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