A Justiça Federal concedeu uma liminar para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest) cancelando a reunião do Conselho Universitário da UFPR que acontecia na tarde desta segunda-feira (9) em frente à sede estadual dos Correios. Mais cedo, a Polícia Militar entrou em confronto com manifestantes que realizavam um protesto em frente ao local. O ato é contra a adesão do Hospital de Clínicas (HC) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Dois carros da Rotam e um ônibus da PM entraram no prédio pela entrada da Rua Conselheiro Laurindo por volta das 15h. De acordo com os manifestantes, a ação para dispersar o protesto foi truculenta. A suspeita do sindicato é de que o ônibus estaria escoltando conselheiros Conselho Universitário que faltavam para que a reunião tivesse quórum.
A assessoria de imprensa da universidade diz que é provável que os conselheiros realmente estivessem no ônibus, mas que a iniciativa não teria sido da UFPR, e sim dos próprios conselheiros que estavam impedidos de entrar no prédio por causa da manifestação. Ainda de acordo com a assessoria da UFPR, a reunião já tinha quórum e estava acontecendo quando o ônibus da PM chegou.
Após a chegada do ônibus, os manifestantes que estavam dispersos em todas as entradas dos Correios se reuniram na entrada principal, na Rua João Negrão. Cerca de 200 pessoas participam do ato.
Por volta das 16h, todas as ruas que haviam sido bloqueadas pelos manifestantes já estavam com tráfego normal.
ProtestoO ato, organizado pelo Sinditest, começou no início da tarde desta segunda-feira (09) e impedia o tráfego nas ruas paralelas ao prédio dos Correios (Conselheiro Laurindo e João Negrão) entre dois pontos: da avenida Silva Jardim a avenida Presidente Getúlio Vargas. Para fechar as vias, manifestantes botaram fogo em pneus.
A intenção do sindicato era impedir a entrada dos integrantes do Conselho Universitário, responsáveis pela análise da proposta de adesão do HC, maior hospital público do estado, à Ebserh. Os manifestantes mantém de 10 a 15 pessoas em cada uma das cerca de 10 entradas do complexo dos Correios.
A reportagem da Gazeta do Povo constatou que a Polícia Militar (PM) e a Polícia Federal (PF) acompanham o protesto e que fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) orientam o tráfego, que é complicado na região.
As ruas Rockfeller e João Negrão e a Avenida Silva Jardim eram as mais afetadas pelo protesto.