Brasília (AE) A ala oposicionista do PMDB, que defende a candidatura própria para presidente da República, sofreu um duro revés ontem. Sem votos para derrubar na executiva nacional do partido a realização de eleições prévias para escolher o candidato neste domingo, os governistas deram início a uma guerra jurídica e venceram a primeira batalha.
Amigo pessoal do senador José Sarney (PMDB-AP), que lidera o movimento dos governistas contra a candidatura própria ao Planalto, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Édson Vidigal, concedeu liminar a uma reclamação do grupo, suspendendo as prévias.
A liminar não surpreendeu o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que já estava preocupado com esta possibilidade e desde o início da semana tentava reunir argumentos jurídicos em defesa da consulta interna. Como a convenção nacional que decidiu pelo lançamento de um candidato do partido à presidência da República ainda está sendo questionada pela Justiça, Temer sabia que havia brecha para a reclamação dos governistas.
Para seus companheiros, no entanto, o maior problema é que só o próprio Vidigal poderia rever sua liminar e, sendo amigo de Sarney e cotado para disputar uma cadeira de senador pelo PFL do Maranhão, ninguém acredita que ele o fará.
Assim que tomou conhecimento da decisão do STJ, Temer procurou os dois pré-candidatos o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) e o governador licenciado Germano Rigotto (RS) que interromperam a campanha pelo país e voltaram a Brasília para ajudar na mobilização em favor das prévias.
No meio da tarde, Temer e Garotinho foram juntos ao STJ, tentar contornar a situação. Como Vidigal embarcara para o Maranhão logo cedo para lançar um livro de sua autoria, os dois conversaram com o ministro Hamilton Carvalhido.
Guerra de liminares
A guerra de liminares não é novidade no PMDB. Afinal, foi exatamente assim na convenção nacional de dezembro de 2004. "Lamento que essa disputa tenha ido para o campo judicial, quando deveria ser só político", disse Temer, ao assegurar que a mobilização em torno da consulta interna será mantida em todo o país. Tanto ele quanto Garotinho insistem na tese de que 85% dos 22 mil eleitores irão participar das prévias de amanhã. Não é o que pensam os governistas.
Mesmo que a consulta se realize, hipótese da qual os aliados do Planalto duvidam, a ala governista ainda terá a alternativa de uma convenção nacional, no dia 8 de abril, para derrubar o candidato que eventualmente sair da consulta partidária. Líderes do grupo avaliam que a batalha jurídica lhes favorece, independentemente do resultado.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião