A liminar da Justiça que permitiu que menores de idade fossem barrados na entrada do Shopping Palladium, domingo passado (17), não tem validade para outros finais de semana. Ou seja, a liminar, concedida pelo juiz Paulo Bezerril Tourinho, de Curitiba, não está mais valendo. Qualquer menor de 18 anos, em tese, pode ingressar no estabelecimento sem a necessidade de estar acompanhado de uma pessoa maior de idade ou a exigência de apresentar documento aos seguranças.
Segundo o magistrado, o pedido do Palladium referia-se apenas para aquele domingo, quando estava agendado o evento “Vileiros de Curitiba”, marcado para ocorrer em frente ao estabelecimento. Caso o shopping queira uma medida com validade para outros dias, deverá entrar com novo pedido judicial. Procurado, o Palladium, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai se manifestar sobre o assunto.
A liminar havia sido concedida na semana passada devido ao temor de novos confrontos dentro do shopping ou no entorno. A medida permitia que o shopping barrasse a entrada de menores de idade e foi pedida após o local ser palco de uma briga, no dia 10 de janeiro, que culminou com a apreensão de três adolescentes. As imagens filmadas no local mostram jovens e seguranças se confrontando. Ninguém saiu ferido, mas lojistas e funcionários se assustaram com a situação. Muitas lojas pararam de atender e baixaram as portas. Nas redes sociais, funcionários e clientes reclamaram do ocorrido.
“Os corredores e shopping não podem ser equiparados a ruas, avenidas e praças, nem são projetados para suportar manifestações”, escreveu o magistrado na liminar, ressaltando que “shoppings centers não são espaços públicos”.
Rolezinhos
No começo de 2014, a onda dos “rolezinhos”, encontro entre jovens marcados nos shoppings, começou a ganhar força em todo o Brasil - inclusive com eventos marcados para acontecer no Palladium. Em 2008, alguns dias depois da inauguração do shopping , no Portão, foi barrada a entrada de 150 pessoas que, de acordo com a empresa, “queriam entrar de uma só vez” no local.
A medida, segundo justificativa da época, foi para evitar arrastões e manter a segurança dos consumidores. Recentemente, o shopping já informou que havia barrado um jovem por afirmar que ele havia se envolvido em tumultos anteriormente.