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Caso Zanella

Liminar suspende último julgamento

O julgamento do último acusado de ter forjado provas no caso da morte do estudante Rafael Zanella foi suspenso. Uma liminar conseguida pela defesa de Maurício Bittencourt Fowler na quinta-feira impedirá que o julgamento ocorra na segunda-feira. A alegação do advogado Arnaldo Busato Filho, que defende Fowler, foi de que o Tribunal do Júri não tem competência para julgar crimes dolosos contra a vida.

Na época do crime, em maio de 1997, Fowler era um dos delegados do 12.º Distrito Policial, em Santa Felicidade. Ele é acusado de tentar convencer os jovens que estavam com Zanella a confirmar a versão de que o estudante era traficante. "Quando (Fowler) chegou lá (ao 12.º DP), já se deparou com o quadro pronto. Ele foi induzido a acreditar no que a equipe policial relatou que era verdade", argumenta Busato Filho.

Segundo o advogado, a liminar não pedia que o seu cliente não fosse julgado. O objetivo da liminar é fazer com que Fowler seja julgado por um juiz da Vara Criminal. "Trata-se de um crime técnico e por isso há a necessidade de um juiz da área", disse. Já Thiago Zanella, irmão do estudante morto, afirmou que a liminar é mais uma manobra para adiar o julgamento. Para ele, a tentativa da defesa é fazer com que o crime prescreva. "O crime aconteceu há 13 anos, mas o andamento do processo está com aproximadamente sete anos e dois meses. Se chegar a oito anos, poderá prescrever", disse.

Pena

Na madrugada de ontem foi divulgada a pena de Carlos Henrique Dias, que era um dos escrivães do 12.º DP e foi acusado de registrar de forma distorcida os fatos referentes ao assassinato do estudante. Ele foi condenado a 11 anos de prisão e perda da função pública.

Na noite de 28 de maio de 1997, Zanella foi abordado por três policiais civis – Aírton Adonski, Reinaldo Siduovski e Jorge Élcio Bressan –, pelo estudante de Direito Guilherme Vieira Doni e por um informante da polícia, Almiro Deni Schmidt. Quando parou o carro que dirigia, o universitário, confundido com um traficante, levou um tiro na cabeça. Logo depois do assassinato, os homens envolvidos tentaram mudar a cena do crime.

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