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Tião Viana (PT-AC) se pôs em campo para garantir a votação do próximo processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL) em 22 de novembro. O presidente interino do Senado quer liquidar a fatura antes do final da licença do titular, no dia 26, e bem antes que se aproxime a votação da CPMF em plenário. O petista já deu ciência do calendário ao próprio Renan. Além disso, está telefonando a cada um dos 81 senadores para pedir que não se ausentem de Brasília no dia 22, uma quinta-feira. Nesta semana, pressionará o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), a marcar para quarta-feira a leitura do parecer de Jefferson Péres (PDT-AM), que será pela cassação no caso da suspeita de uso de laranjas para compra de veículos de comunicação em Alagoas.

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Vai lá – De José Sarney (PMDB-AP) para Aloízio Mercadante (PT-SP) na sessão de terça, que marcou o retorno do presidente licenciado ao plenário: "Mercadante, vá cumprimentar o Renan. Ele sempre lhe tratou com respeito". Sarney insistiu, lembrando ao interlocutor a ajuda recebida de Renan "no episódio de São Pau-lo". Referia-se ao dossiê contra os tucanos na campanha de 2006.

Não vou – Mercadante respondeu que havia tratado Renan com toda a consideração e que pagara um "preço alto" por tê-lo defendido no primeiro julgamento. Em vez de cumprimentos, os dois trocaram olhares nada amistosos.

Na praça – Um pesquiseiro experiente define o terceiro mandato como "um produto de fácil aceitação popular e difícil de engolir pelos chamados formadores de opinião". Por isso, diz, ainda que a idéia tenha sido escanteada agora, seus promotores cumpriram com sucesso a primeira etapa: colocar o assunto na agenda. De onde ele não vai mais sair.

Lá... – Quando descobriu no Iraque uma reserva de petróleo de potencial semelhante à encontrada no campo Tupi, a Petrobrás foi informada pelas autoridades locais de que, por razões estratégicas, não haveria como a empresa deixar de dividir a produção com o país.

... como cá – Relatada pela cúpula da Petrobrás a integrantes do governo, a história da reserva do Iraque tem sido lembrada nas discussões internas como argumento em defesa das mudanças que serão feitas no modelo de licitação no setor de petróleo.

Pesado – De um cardeal tucano sobre o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli: "É o Pizzolato do óleo".

Holofote – Os tucanos fizeram as contas e concluíram que, com as idas e vindas da negociação para prorrogar a CPMF, faturaram um volume de mídia que não tinham desde a campanha de 2006. Agora, querem esticar ao máximo essa janela de oportunidade.

Maior força – Alguns dos tucanos "fernandistas" mais entusiasmados com a possibilidade de Geraldo Alckmin concorrer na capital em 2008 sonham na verdade em herdar a vaga do ex-governador na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2010, caso seja José Serra o candidato do partido à Presidência.

Bem longe – Em reunião de autoridades federais e locais para tratar do projeto olímpico Rio-2016, discutia-se qual dos presentes representaria o Brasil em Pequim-2008. "Podem emitir a passagem do Eduardo Paes", brincou César Maia (DEM). À revelia do prefeito, o neopeemedebista e secretário estadual de Esporte tenta ser candidato no ano que vem. Paes teria de se desincompatibilizar em abril. Os Jogos serão em julho.

Escala – No próprio PT, a candidatura do ministro Luiz Marinho (Previdência) em São Bernardo é vista como instrumento para alavancar uma outra, de deputado federal, dois anos depois. A aposta geral é na eleição de Maurício Soares (PSB), candidato do prefeito William Dib (PSB).

TIROTEIO

* Da líder do PT no Senado, IDELI SALVATTI (SC), segundo quem a falta de unidade da oposição pode ajudar o governo a aprovar a CPMF:

– Já assisti a pelo menos dois fechamentos de questão do DEM em que, no plenário, viu-se que o partido não estava tão fechado assim.

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