SÃO PAULO - O seqüestrador Lindemberg Alves, de 22 anos, acusado de matar com dois tiros a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, em outubro do ano passado, deve acompanhar os depoimento das testemunhas de acusação do caso. A informação é da advogada do rapaz, Ana Lucia Assad. Os depoimentos estão marcados para a próxima quinta-feira, às 9 horas, no Fórum de Santo André.
"Ele terá de comparecer ao fórum para assinar alguns papéis", conta a advogada. "Deve acompanhar o depoimento das testemunhas, a não ser que a testemunha exija que ele se retire da sala."
Devem ser ouvidos pelo juiz responsável pelo caso a adolescente Nayara Rodrigues, ferida por um tiro disparado por Lindemberg, os adolescentes Iago e Vitor, rendidos pelo seqüestrador no momento em que faziam um trabalho escolar no apartamento de Eloá, além do irmão mais novo da vítima e de policiais militares que participaram das negociações com o seqüestrador, que manteve Eloá refém por 100 horas.
Na seqüência, o juiz deve marcar a data para o depoimento das testemunhas de defesa. Segundo a advogada de Lindemberg, nessa primeira fase do processo, devem ser ouvidas cerca de vinte pessoas, entre testemunhas de defesa e de acusação. Só depois é que Lindemberg deve ser ouvido pela Justiça.
No fim de outubro, o Ministério Público denunciou Lindemberg por homicídio duplamente qualificado; duas tentativa de homicídio (contra Nayara e um policial militar), cárcere privado e disparo de arma de fogo. Na mesma denúncia, Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá, foi denunciado por falsidade ideológica e porte ilegal de arma. Everaldo, que é ex-cabo da PM de Alagoas, é acusado de integrar um esquadrão da morte. Ele permanece foragido.
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