A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, manifestou-se pela não abertura de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Operação "Acesso Pago", da Polícia Federal, que investiga irregularidades no Ministério da Educação (MEC).
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Depois da divulgação das denúncias, várias notícias-crime contra o presidente já foram protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos deputados federais Israel Matos Batista, Reginaldo Lopes (PT-MG), pela bancada do PT na Câmara, pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entre outros.
A ministra Cármen Lúcia, relatora de alguns desses pedidos, pediu o posicionamento da PGR sobre a investigação. Na petição, Lindôra afirmou que "falta legitimidade" para dar andamento à investigação, uma vez que os fatos mencionados no pedido estão contemplados em outro inquérito já em curso. Segundo ela, os pedidos feitos na presente notícia-crime "não inovam nem trazem consigo quaisquer elementos para contribuir com as investigações em andamento".
Além desse pedido, Cármen Lúcia também aguarda manifestação da PGR em outra ação, a que foi aberta após o pedido do juiz de primeira instância e que também trata das suspeitas de interferência na operação da PF.
Há ainda o pedido do ministro Alexandre de Moraes para que a PGR também se manifeste em outra ação, apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pelo suposto cometimento dos crimes de violação de sigilo e de obstrução da Justiça por parte do presidente Jair Bolsonaro. O senador aponta uma suposta interferência de Bolsonaro na PF relacionada a um eventual vazamento de dados ao ex-titular da pasta Milton Ribeiro, que é um dos investigados na Acesso Pago.
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