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Urbanismo

Linha Verde ainda mantém cara de rodovia

Vista geral da Linha Verde, a avenida de Curitiba que ainda sofre com o complexo de BR-116. Uma das hipóteses é de que ação da prefeitura para promover a região deveria ser mais agressiva | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Vista geral da Linha Verde, a avenida de Curitiba que ainda sofre com o complexo de BR-116. Uma das hipóteses é de que ação da prefeitura para promover a região deveria ser mais agressiva (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)
Veja as obras que podem e não podem ser construídas nos pólos da Linha Verde |

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Veja as obras que podem e não podem ser construídas nos pólos da Linha Verde

Em maio de 2008, a parte urbanizada da BR-476 ganhou um zoneamento novo, com possibilidade para se construir prédios de mais de 12 andares, seis polos de ocupação mista (comercial e residencial) – Jardim Botânico, Fanny, Santa Bernadethe, Xaxim, São Pedro e Pinheirinho – e um núcleo empresarial, chamado de Tecnoparque. A intenção era acabar com a velha cara de rodovia, com suas transportadoras, autopeças e ferros-velhos, e criar uma paisagem mais urbana para a recém-criada Avenida Linha Verde, que unisse os 20 bairros distribuídos nos 18 quilômetros das duas margens.

Para os especialistas, arquitetos e urbanistas de fora e de dentro do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), a mudança em ritmo lento é própria do urbanismo e dois anos são pouco para medir os resultados, mas suficientes para antever as possibilidades e tendências da nova via. Eles esperam um desenvolvimento mais rápido na Linha Verde, com um potencial construtivo estimado em até 3 milhões de metros quadrados, do que em outras estruturais. Coisa de 15 ou 20 anos e não 30, como a Avenida Paraná, aberta na década de 1970.

Por enquanto, o que se vê é uma ocupação tímida, galgada no aparecimento de uma ou outra vocação comercial nova e nada na ocupação de regime misto que o Ippuc idealizou. Ao longo da avenida, as primeiras quadras ainda resguardam a paisagem de rodovia, de pequenas residências de médio e baixo padrões, intercaladas a escritórios de distribuidoras, autopeças e transportadoras – que tiveram prejuízo pela proibição de circulação de caminhões na Linha Verde, mas mantêm seus escritórios nos mesmos endereços.

A visão de concreto, com árvores ainda em crescimento, e o fluxo médio de 27 mil veículos todos os dias, não ajudam a imaginação e mantêm os hábitos de rodovia, com as reclamações constantes de pedestres quanto à inexistência de passarelas e de motoristas quanto à falta de passagens em nível (viadutos e trincheiras). "Quem pede viaduto é porque não é morador. Quem quer morar em frente de um viaduto? A mudança de hábitos só deve começar de fato quando o fantasma da antiga BR for embora, com a construção da segunda fase da Linha Verde", arrisca o arquiteto do Ippuc Reginaldo Reinert.

Segundo a prefeitura de Cu­­­ri­­­tiba, a segunda fase só deverá estar concluída entre 2012 e 2013. Isso porque do pouco mais de 8 quilômetros do trecho norte, apenas 2,3 quilômetros foram contemplados em um edital lançado em maio. Há a intenção de licitar o restante ainda neste ano e de deixar uma sobra, a ampliação do viaduto da Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, para 2011.

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