O serviço de inteligência da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) divulgou, nesta terça-feira (24), que identificou uma lista de 13 presos detidos em penitenciárias do Paraná que estão marcados para morrer. Destes, quatro já foram assassinados no último fim de semana. De acordo com as investigações, as mortes e as ameaças fazem parte de uma disputa entre facções criminosas.
Para evitar que os outros nove presos que constam da lista também sejam mortos, a Polícia Militar (PM) iniciou, nesta terça-feira, uma operação "pente-fino" nos 24 estabelecimentos do sistema penitenciário paranaense. Por meio de nota, a secretária da Seju, Maria Tereza Uille Gomes, garantiu que os detentos ameaçados de morte foram identificados e que a secretaria tomou providências para protegê-los. "Por isso, pedimos o apoio de todos os órgãos envolvidos com a questão e a realização de um pente-fino em todos os nossos estabelecimentos penais", explicou.
Segundo o comandante-geral em exercício da PM, Cesar Alberto Souza, o objetivo do "pente-fino" é localizar celulares, armas e outros objetivos na maioria das vezes improvisados que possam estar em poder dos detentos. A operação deve ser realizada pela PM até a sexta-feira (27). Segundo a secretária Maria Tereza, as mortes ocorridas nas penitenciárias tiveram como motivação o desacerto entre facções por conta do tráfico de drogas. Os autores dos homicídios já teriam sido identificados e autuados em flagrante.
As mortes
As quatro mortes no sistema prisional paranaense ocorreram no último fim de semana. Três delas ocorreram no Complexo Penitenciário de Piraquara, onde estão presos cerca de cinco mil pessoas. Segundo a Seju, foram assassinados Adelsio P. Alves, Marco F. de Jesus e Luiz Carlos de Paula. Eles estavam em galerias separadas, cada uma com mais de cinco presos em cada cela. "Trata-se de desentendimento entre facções rivais que têm possivelmente o tráfico de drogas como motivo do desacerto", declarou em nota, o delegado Amadeu Trevisan.
A outra morte ocorreu na Penitenciária Central do Estado, onde o detendo Marcos Antonio Vieira foi encontrado enforcado. Ele dividia a cela com outros três presos e o caso continua sendo investigado.
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