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Brasília – Depois de analisar o depoimento do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin à Justiça de Mato Grosso, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que os envolvidos com a máfia das ambulâncias devem chegar a 100. Desses, 90 têm mandato. Os outros dez são ex-parlamentares. Até agora a CPI trabalhava com 57 nomes.

A maioria dos envolvidos, segundo Gabeira, é das bancadas do Rio de Janeiro, do Mato Grosso e evangélica. O deputado voltou a confirmar que apenas três dos acusados são senadores. Os demais são deputados.

Conforme Gabeira, Vedoin citou no depoimento o número de contas de parlamentares que receberam propina da Planam por terem destinado emendas ao Orçamento para a compra de ambulâncias. E explicou que nem todos os depósitos foram via bancos. Segundo ele, alguns parlamentares receberam em espécie.

"A lista é maior do que nós tínhamos, mas não podemos afirmar que todos são culpados", disse o deputado.

Gabeira confirmou que o ex-senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) está entre os citados. Ele foi presidente do Instituto nacional de Seguridade Social (INSS) no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deixou o cargo depois de denúncias de compra superfaturada de computadores e equipamentos para o órgão. Além de Bezerra também já foram vazados os nomes dos deputados Nilton Capixaba (PTB-RO), João Caldas (PL-AL), Pedro Henry (PP-MT) e Wanderval Santos (PP-SP).

Depoimento

Na próxima semana, a CPI deverá tomar o depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Apesar de alguns membros considerarem desnecessário, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse ontem ser importante ouvir Vedoin independentemente do depoimento que ele prestou à Justiça Federal.

Biscaia chegou ontem em Brasília e hoje deverá se reunir com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para pedir novamente a retirada do sigilo das investigações. Somente desta forma, a CPI estará autorizada a divulgar os nomes dos envolvidos.

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