A contratação de parentes do prefeito Rilton Bozza para trabalhar em secretarias e na prefeitura está irritando moradores de Campo Magro, região metropolitana de Curitiba. Para denunciar o nepotismo, eles estão distribuindo uma lista com os nomes dos supostos funcionários.

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Cidade de economia rural, com 20 mil habitantes, conseguir um emprego em Campo Magro, a dez quilômetros de Curitiba, não parece tarefa fácil. Mas o desemprego deixou de ser problema para parentes do prefeito Rilton Bozza. Uma lista anônima distribuída na cidade aponta, além da mulher, primos, tios e irmãos do prefeito e outros parentes contratados pelo município. No total, são mais de 20 pessoas.

De acordo com o ParanáTV, ninguém fala sobre o assunto na prefeitura. O prefeito não respondeu nem a um pedido de informações feito em setembro de 2005, pela Câmara Municipal. O prefeito de Campo Magro, Rilton Bozza, não quis falar sobre a denúncia. Segundo o chefe de gabinete, ele só vai se manifestar depois que a Assembléia Legislativa promulgar a lei votada nesta quinta-feira (30), proibindo a contratação de parentes.

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Seja nas cidades do interior ou nos grandes municípios, a prática do nepotismo ocorre independente do tamanho da administração pública. A porta aberta para parentes e apadrinhados está no excesso de cargos em comissão.

Estima-se que existam mais de 500 mil cargos de confiança disponíveis de norte a sul do país. O uso do poder para beneficiar parentes de até terceiro grau caracteriza o nepotismo. Para um especialista em direito administrativo, práticas como essa podem ser combatidas com a valorização dos servidores de carreira.