| Foto: Divulgação/Rodrigo Domit

Acessibilidade e literatura sempre andaram juntas para o escritor Rodrigo Domit. Seja na hora de elaborar uma linguagem acessível ou publicar um livro com preço justo. Mas nunca tinha passado pela sua cabeça produzir um livro voltado às pessoas cegas; isso até conhecer o trabalho da Fundação Dorina Nowill, em uma Bienal no Livro. Ficou encucado com o tema, e aí veio a ideia de gravar em áudio o seu livro Colcha de Retalhos. E para isso foi preciso começar do zero. Os softwares de leitura existentes no mercado (que possibilitam o uso do computador a quem não enxerga) não se adequam à pegada artística da literatura. Domit juntou amigos e abriu edital para chamar interessados em ajudar. O resultado, como o próprio nome diz, é uma colcha de 30 vozes, homens e mulheres, que se intercalam na leitura. Os sotaques são de todas as matizes, do curitibano ao de uma angolana radicada em Portugal. O trabalho está disponível em www.bit.ly/audiolivro.

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Repercussão

Em sua versão de áudio, Colcha de Retalhos dura pouco menos de 40 minutos. É um pingo de tempo no mar da literatura. Por isso o sonho de Domit é, mais do que divulgar sua obra, espalhar a ideia de uma produção acessível. Já tem dado frutos. O sindicato dos escritores de Brasília já entrou em contato e anunciou planos de publicar uma antologia de obras faladas. Em Maringá, o projeto deu ânimo a outro, impulsionado pela professora Sharlene Valarini. Ela coloca seus alunos para gravar a leitura em voz alta de obras literárias e o material é distribuído às pessoas cegas. Como os retalhos, unem-se as iniciativas em prol de uma literatura voltada para a acessibilidade.

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Blitz educativa

Quem descer nessa sexta-feira (13) para as praias do Paraná, pela BR-277, vai ganhar um lembrete do Instituto Paz no Trânsito. Parentes de vítimas de acidentes vão promover uma "blitz", das 9h às 18 horas, para alertar sobre os riscos de aliar bebida e direção. O grupo fará intervenções artísticas com palhaços, grupo teatral e coral. A ação ocorrerá na Rua Lothário Meissner, perto do Jardim Botânico, via que dá acesso à rodovia. A Polícia Rodoviária Federal no Paraná (PRF) realiza nos quatro dias a Operação Carnaval; cinco mil testes de bafômetro devem ser feitos ao longo dos 4 mil quilômetros de estradas federais do estado.

Trote do bem 1

Divulgação / FPP/M. F. Schneider

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Não raro acadêmicos de Medicina estampam notícias sobre a violência na recepção aos calouros. Triste coincidência, principalmente, para uma ciência do "cuidar". Essas atitudes motivaram os acadêmicos das Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) a passar o trote para as mãos dos pequenos pacientes do hospital. A festa teve muita tinta guache e purpurina, e ocorreu na tarde desta quinta-feira (12) (foto). "É um espaço para as crianças saírem um pouco da realidade hospitalar. E para darmos o exemplo aos calouros, para eles não acharem que o aluno de Medicina 'pode tudo'. É um curso muito humano", conta Gabriela Araújo, representante do Centro Acadêmico.

Trote do bem 2

Já os alunos da FAE promovem o "Trote Doce". Os estudantes vão ser divididos em uma gincana solidária, para arrecadar chocolates que serão distribuídos a instituições que trabalham com crianças em vulnerabilidade social. Os universitários têm até 6 de março para levar os alimentos arrecadados à Pastoral Universitária. A turma vencedora será anunciada em um evento de integração, em 7 de março, no teatro Bom Jesus. Veteranos e membros da comunidade também podem participar. Quem não tiver vínculo com a instituição, pode deixar os chocolates na sede da FAE, na Rua 24 de Maio, 135, Centro, em Curitiba. As doações serão destinadas ao IPCC, Fundação Iniciativa, Associação Padre João Ceconello, Vila Pantanal, CMEI Jardim Alegre, Escola Municipal Coronel João Cândido de Oliveira e, talvez, a outras entidades.

Colaborou: Naiady Piva, especial para a Gazeta do Povo

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