O curitibano mais atento aos comerciais da televisão tem reparado nos últimos dias que a cidade acaba de ganhar quatro novos personagens que provavelmente vão se incorporar ao cotidiano dos cidadãos. Em uma propaganda televisiva, um integrante da Família Folhas, criada há mais de uma década para incentivar as pessoas a separar o lixo reciclável, apresenta seus novos colegas nessa empreitada: Papelucho, Plastilde, Vidrovaldo e Ed Metal.
Os personagens fazem parte de uma campanha publicitária promovida pela prefeitura para relançar o programa "Lixo que não é lixo", criado em 1989. O objetivo é ampliar ainda mais a separação de materiais recicláveis. Hoje, Curitiba separa pouco menos de 24% das 2.340 toneladas de lixo que produz diariamente (precisamente, são 554 toneladas de materias recicláveis separados). Mas, com a contribuição da população, a reciclagem poderia aumentar consideravelmente, pois muito papel, plástico, metal e vidro ainda é colocado no lixo juntamente com os restos de comida. "Fizemos um estudo de tudo o que entra no aterro (da Caximba, para onde é levado o lixo da cidade) e constatamos que a separação poderia ser de 38%", diz Marilza Oliveira Dias, assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba.
Esta primeira fase da campanha publicitária, lançada no último domingo, vai durar um mês período durante o qual haverá inserções diárias no rádio e na televisão, além de anúncios na mídia impressa, da colocação de cartazes em ônibus e nos pontos de ônibus, de outdoors e da distribuição de cartilhas. O custo da campanha não foi informado pela prefeitura.
Nas propagandas, os quatro personagens convidam os curitibanos a fazer a separação por tipo de material. Os plásticos, representados por Plastilde, devem ir para lixeiras vermelhas. Vidrovaldo pede que os vidros sejam colocados em lixeiras verdes. Papelucho orienta os curitibanos a descartar os papéis em recipientes da cor azul. E Ed Metal sugere que os metais sejam destinados para locais de descarte amarelos. "Essas cores seguem um padrão internacional", explica Marilza.
Para estimular a população a fazer a separação correta, lixeiras com as cores específicas de cada material foram instaladas em diversos espaços públicos da cidade. Shopping centers e outros estabelecimentos comerciais também foram estimulados a instalar as lixeiras com as cores-padrão. Mas uma das ações mais importantes da campanha ainda não completamente implantada, ao menos por enquanto: a distribuição, por parte dos supermercados, de sacolas plásticas que possam ser usadas pelos curitibanos na hora de descartar o lixo doméstico separado por tipo de material.
Inicialmente pretendia-se que os supermercados ofertassem as sacolas com as cores específicas de cada material aos seus clientes. "Mas para fazer sacolas com as várias cores ficaria bem mais caro", explica o superintendente da Associação Paranaense de Supermercados, Valmor Rovaris. Depois, as principais redes se comprometeram com a prefeitura a destinar aos consumidores um modelo de sacola em que aparecem cada um dos personagens e na qual a pessoa pode marcar com um "X" qual é o material que está sendo colocado naquela sacola. Segundo Rovaris, ao menos uma rede o Condor já está adotando esse modelo de sacola e, em breve, outras devem seguir o mesmo exemplo.
Marilza, da Secretaria do Meio Ambiente, afirma ainda que os curitibanos e moradores de cidades vizinhas podem fazer a separação dos materiais mesmo em sacolas sem identificação, pois isso já vai facilitar o trabalho de triagem do material. Além disso, para o cidadão, o grande benefício da separação dos materiais é manter a cidade mais limpa, pois há carrinheiros que costumam abrir as sacolas colocadas na rua para tirar o material que lhes interessa, furando os sacos. Com a separação por tipo de material, essa prática seria reduzida.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião