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Abel Braga faz várias mudanças no Internacional | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Abel Braga faz várias mudanças no Internacional| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Obra vai custar R$ 5 milhões

O projeto de revitalização da Rua 24 Horas já está pronto. Até o fim deste mês, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) finaliza os projetos completamentares (elétrico, hidráulico, etc), para que, em seguida, a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) abra a licitação pública para a obra e a concessão de uso.

A reforma será feita em Parceria Público-Privada (PPP). Quem vencer a concorrência arcará com os custos da revitalização, inicialmente orçada em R$ 5 milhões e em troca poderá explorar comercialmente o empreendimento por dez anos.

Com a revitalização, a rua voltará a funcionar 24 horas – das 32 lojas que havia no começo, apenas nove ainda estão abertas, a maior parte delas funciona só até as 23 horas.

Os vidros serão trocados, a estrutura metálica será pintada de branco ou prata. O piso de granito flameado (antiderrapante) será nas cores preta e branca, com lâmpadas especiais embutidas nas faixas laterais ao longo dos 120 metros da rua. O interior da praça terá arborização e espelhos d’água. O complexo vai contar ainda com piano-bar e sala de descanso.

O fechamento da Rua 24 horas já tem data marcada. A partir do dia 8 de setembro, os nove permissionários que ainda mantêm lojas no local deverão encerrar suas atividades. Em seguida, a prefeitura começa a reforma, que deve demorar um ano para ficar pronta. O desenho arquitetônico será mantido, mas o gerenciamento sofrerá alterações. Uma empresa vai administrar todo o empreendimento, que será dividido em seis estabelecimentos: um restaurante, um café, um mercado, uma loja de artesanato, uma revistaria e uma farmácia. O posto da Guarda Municipal e o caixa eletrônico do Banco 24 Horas também serão mantidos. Esta será a primeira grande reforma da Rua 24 Horas desde que foi inagurada, há 15 anos.

A notícia da revitalização foi recebida com alegria pelos comerciantes do local, já que eles reivindicavam a reforma há anos. A falta de manutenção há tempo espantou os fregueses. Entretanto, com a mudança no sistema de gerenciamento do empreendimento, a maior parte dos permissionários terá de sair e não voltará depois da reforma. Descontentes, alguns prometem entrar até na Justiça.

De acordo com a assessoria da Urbs, não há nada definido oficialmente, mas há um processo de negociação em relação à concessão de outros espaços em outros equipamentos urbanos para os permissionários que sairão. Extra-oficialmente, sabe-se que os comerciantes que se enquadram nos seis serviços da futura 24 Horas foram avisados que terão preferência para permancecer depois da reforma. Já os outros aguardam um boa proposta.

"Ofereceram um espaço no Mercado Central, mas não é uma boa loja. Agora não tenho para onde ir. Vou ter de fechar minha empresa", diz a proprietária de uma loja de lanches, Jurcéia Abreu Dalla Vechia. "É uma pena que a Rua 24 Horas, pública e do povo, por muito tempo abandonada pelo poder público e carregada pelos lojistas, torne-se um espaço elitizado e de poucos, tirando da população a variedade de serviços", completa ela. "Só me ofereceram pontos ruins. Caso não cedam um espaço melhor, vou correr atrás dos meus direitos", afirma o proprietário do Frango Que Ri, Giovani Gabriel de Oliveira. "Vou tomar medidas judiciais cabíveis", diz Jurcéia.

Os comerciantes que têm a proposta de permanecer na Rua 24 horas também não estão seguros. "Não sabemos ao certo quanto tempo a rua ficará fechada. O tempo parado é prejuízo para nós. Além disso não temos certeza se poderemos permancecer aqui. Sabemos que temos prioridade por ter o tipo de comércio que vai ficar, mas não é nada oficial", afirma a proprietária da loja de artesanato Original Brasil, Regina Palazin.

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