Comerciantes da Vila Mariana, bairro da zona sul da capital paulista onde têm ocorrido arrastões feitos por crianças e adolescentes, formaram na segunda-feira uma rede, acionada por telefone, para trocar informações quando o grupo estiver atacando no bairro.

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Na manhã de segunda, o dono de uma loja de doces, que pediu para não ser identificado, percorreu lojas na Avenida Domingos de Morais - do Largo Ana Rosa até a Estação Vila Mariana do Metrô (Linha 1-Azul) - anotando números fixos e celulares de 15 lojistas. "A intenção é não sermos pegos de surpresa. Sabendo antes, colocamos funcionários na porta para impedir a entrada do bando", explicou.

Os comerciantes também temem que as vitrines dos estabelecimentos sejam quebradas com pedras arremessadas pelo grupo - as ameaças começaram a ser feitas depois que a Polícia Militar intensificou as rondas na região na semana passada. "Já passaram falando aqui que não vai ficar assim", contou a gerente de uma loja de calçados infantis, Judith Musselini. O prejuízo pode chegar a R$ 2 mil. Outra preocupação é com a fuga de clientes. "Tem gente ligando para dizer que não virá", disse.

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Com mais policiais na altura do Largo Ana Rosa, o grupo migrou, no fim de semana, para a Praça Doutor Teodoro de Carvalho, na altura do número 1.200 da Domingos de Morais. No sábado, sete meninas e dois meninos foram encaminhados para o 16.º Distrito Policial (Vila Clementino) após chamado. Levados a um abrigo, duas horas e meia depois já estavam na rua.

Comerciantes acreditam que há adultos por trás das ações do grupo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.