UniFormas
Uniformes usados ganham sobrevida
Sem ter como dispensar os uniformes usados pelos funcionários, a concessionária CCR Rodonorte viu na criatividade das costureiras uma solução: transformar os uniformes descartados em roupas e acessórios. "Levamos a ideia e elas toparam na hora", conta Rúbia Galvão, coordenadora de projetos da concessionária.
Com os uniformes, as costureiras viram um mundo de possibilidades: pijamas, chinelos, blusas, gorros, saias, calças e até vestidos. Até mesmo as faixas refletivas são usadas para compor peças mais elaboradas.
Os uniformes são higienizados e todas as marcas de identificação são retiradas e só então as peças vão para as mãos das costureiras. "Com as peças que não podem ser reutilizadas, estamos fazendo estopa", explica a coordenadora do projeto.
O próximo passo é o Projeto UniFormas. A primeira venda, 1,5 mil peças de cobertores e roupas infantis, já tem destino certo: a Campanha do Agasalho 2013.
Matéria-prima
Aprosar reaproveita resíduos de 40 empresas
A destinação correta das lonas de comunicação não era uma preocupação apenas da CCR Rodonorte. Depois que a concessionária e as costureiras da Aprosar consolidaram o projeto SacoLona, novos parceiros surgiram. Hoje, a associação recebe matéria-prima de 40 empresas.
Quando as lonas chegam ao barracão da Aprosar, passam por um processo de seleção, desmanche, higienização e corte. Somente depois disso os materiais seguem para as mãos das costureiras. "A qualidade de nossos produtos é fundamental", garante Nilcélia.
Agora, a presidente da associação espera que outras empresas também se tornem parceiras da Aprosar.
Serviço
As peças produzidas pelo SacoLona podem ser encontradas em Ponta Grossa no Capitólio Vest&Art (Rua Joaquim de Paula Xavier, s/n, próximo à esquina com a Rua Balduíno Taques). Os preços variam de R$ 2,00 até R$ 90. Os produtos também podem ser encomendados diretamente com a Aprosar. Os telefones são (42) 9923-3609, 9940-4922 e 3323-3609 (a partir das 13h30).
Elas veem reaproveitamento em tudo. Há cinco anos, um grupo de costureiras recebeu uma proposta: transformar sacos de ráfia descartados por uma panificadora em sacolas retornáveis. Foi assim que surgiu a Associação para Produção de Sacolas Retornáveis (Aprosar) de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Ao aceitarem o desafio, as costureiras não podiam imaginar que a ideia de sustentabilidade daria tão certo.
O trabalho que começou tímido ganhou outros parceiros, como a concessionária CCR Rodonorte, e novos projetos. Primeiro foram as SacoLonas, agora, a linha de produtos feitos com uniformes descartados, chamado de UniFormas.
A história de empreendedorismo das costureiras da Aprosar começou no final de 2007, quando um grupo de mulheres foi procurado por uma professora universitária. A ideia era transformar os sacos de ráfia (fibra proveniente de sacos de trigo) em produto útil, como as sacolas retornáveis. Depois de um treinamento feito pela Secretaria Municipal de Qualificação, apenas quatro mulheres decidiram continuar o trabalho. "Fizemos alguns testes. De 20 costureiras, ficamos em quatro e constituímos a Aprosar", lembra a presidente da Associação, Nilcélia Feitosa Ferreira.
Menos de um ano depois, as costureiras receberam um novo desafio. Com muitos metros quadrados de lonas de publicidade que não podiam ser descartados, a concessionária CCR Rodonorte procurou o grupo. O material plástico, nas mãos criativas das costureiras, se transformou em sacolas de feira, pastas para eventos, nécessaires, estojos, porta-níqueis, entre outros.
Com o projeto SacoLona, a Aprosar cresceu e seu trabalho ganhou visibilidade. Hoje, cerca de 60 pessoas entre costureiras, cortadoras e lavadeiras, trabalham para transformar banners descartados nos produtos da linha. Com o sucesso, as costureiras já produziram materiais do SacoLona para grandes eventos como o Rio+20, em 2012, e malotes para a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Iniciativa garante geração de renda para mulheres
O trabalho sustentável das costureiras da Aprosar trouxe muito mais do que reconhecimento. Hoje, as mulheres que confeccionam os produtos de lona, uniformes e ráfia, têm uma renda extra e muita vontade de crescer. "Posso dizer que sou uma mulher de negócio", comemora a costureira Laís Bueno da Silva, 31 anos.
O sucesso do projeto, segundo a presidente da Associação Nilcélia Feitosa Ferreira, está no amor e persistência das costureiras. Ela conta que o processo de implantação e consolidação da marca não foi algo fácil. "Trabalhamos muito para consolidar esse projeto. Não vendemos apenas um produto e sim uma ideia. Sempre falava em sustentabilidade e hoje, eu vivo isso".
Quando entrou para Aprosar, Laís não podia imaginar que ganharia uma profissão. A dona de casa, que trabalhava como diarista para ajudar com as despesas, começou desmanchando lonas e fazendo flores artesanais para compor as sacolas. Pouco tempo depois, foi para máquina de costura. "Com o dinheiro, consegui comprar minha máquina e ajudo em casa".
Nilcéia conta que, além da renda, muitas costureiras melhoraram sua autoestima e hoje se sentem orgulhosas de verem seus produtos circulando. "Tínhamos colegas com depressão e que superaram os problemas graças ao trabalho". A Associação tem cerca de 30 costureiras cadastradas. Quando chegam as encomendas, elas são acionadas conforme o perfil e disponibilidade.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião