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A dengue pode ter feito sua primeira vítima no Paraná. Como mostra uma reportagem do Jornal de Londrina desta terça-feira (20), a Secretaria de Saúde de Londrina investiga se a morte de Maria Izabel Gil dos Reis, de 58 anos, foi provocada por dengue clássica ou hemorrágica. Maria Izabel morreu na madrugada de segunda (19), após uma breve internação no Hospital Mater Dei, onde médicos confirmaram indícios de infecção.

Os familiares da vítima afirmaram para a reportagem que ela ficou doente na última terça-feira (13), em Maringá, onde morava, após ter passado por Paranavaí. Os sintomas da dengue – febre e dores na cabeça e no corpo – provocaram suspeitas, mas em Maringá nada foi feito porque o quadro foi considerado normal. Na sexta-feira (16), já em Londrina, ela piorou. Após exames de sangue, que apontaram a compatibilidade com a dengue, ela foi internada.

No sábado, Maria Izabel foi atendida pelo infectologista André Luiz Bortoliero. "As dores eram muito fortes e o exame de sangue aparentemente indicava hemorragia interna", disse. Após uma incisão no abdome, os médicos detectaram que não havia hemorragia, mas edemas nas vísceras intestinais, o que reforçou a hipótese de dengue hemorrágica. "As dores abdominais eram o alerta de que, se fosse dengue, haveria risco de evolução para um quadro mais grave", afirmou o médico. No fim de semana o Hospital Universitário vai divulgar resultados de exames mais detalhados.

Nesta segunda, o site da prefeitura de Londrina informou que a doença foi contraída em Maringá. A médica Simone Garani Narciso, diretora de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Londrina, lembrou que Maria Izabel já estava com a suspeita de dengue quando chegou à cidade. "Mas nem sabemos ainda, porque estamos na fase de investigação", disse.

O setor de Epidemiologia de Maringá negou na segunda a existência de registros sobre a suspeita. Rosimeire Ruiz, diretora de Promoção e Assistência à Saúde de Maringá, afirmou tratar-se de um "boato". "Hospitais não nos informaram de nada de anormal com relação a ela", afirmou. Em Maringá e Londrina, Maria Izabel foi atendida por meio de convênios, que também têm obrigação de notificar os casos. "Todos os hospitais fazem esse controle, mas aqui não há nenhum prontuário dela", atestou Rosimeire. o corpo será enterrado amanhã, em Paranavaí. A família não comentou o assunto.

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