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A Prefeitura de Londrina deve instaurar um processo administrativo para investigar supostas irregularidades no concurso público da saúde que ocorreu no último domingo.

O pedido foi feito pelo Ministério Público, que também solicitou esclarecimentos após uma de suas provas do concurso ser cancelada por conter 75% de questões idênticas a materiais encontrados na internet. A prefeitura já recebeu o documento, que está sendo avaliado pela Procuradoria Geral do Município.

A promotora Leila Voltarelli afirmou ao JL que requisitou a instauração do processo administrativo para que as responsabilidades sejam apuradas. "Foi instaurado o procedimento após algumas representações que chegaram ao Ministério Publico. Por isso foram requisitadas informações quanto às providências administrativas tomadas pelo município em relação a esses fatos", declarou.

Ainda segundo a promotora, uma remessa de documentos com eventuais pareceres e deliberações internas também foram solicitados pelo MP. A Prefeitura terá um prazo de dez dias para enviar o material requisitado pela promotoria.

O secretário municipal de Saúde, Francisco Eugênio de Souza, disse que a administração deve passar um "pente fino" nas outras provas do concurso para a contratação de servidores. Já sobre a informação de que ele já tinha sido avisado por membros do Conselho Municipal de Saúde sobre possíveis irregularidades no processo seletivo, o secretário afirmou que apenas um dos conselheiros realmente o procurou, mas ainda assim, sem dar informações concretas.

O casoA prova para Enfermeiro Auditor foi cancelada depois que foi identificado que cerca de 75% das questões são idênticas à provas realizadas em outros três estados brasileiros – Minas Gerais, Distrito Federal e Maranhão.

O concurso promovido pela Prefeitura foi realizado mesmo após denúncias de que parte do conteúdo da prova poderia ter vazado.

A elaboração da prova por uma equipe designada pela própria Secretaria Municipal de Saúde foi uma medida tomada pelo secretário para agilizar o concurso. "Não haveria tempo hábil para fazer uma licitação, mesmo que de graça. Se tivesse sido feita a contratação de uma empresa de fora, qualquer que fosse, estaríamos provavelmente terminando a licitação agora", explicou.

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