Casas do projeto Minha Casa Minha Vida, localizadas no Residencial Ana Terra, em Londrina, no Norte do estado, estão sendo invadidas. As 85 residências foram entregues pela Companhia Municipal de Habitação (Cohab) de Londrina em setembro do ano passado. O presidente da Cohab, João Verçosa, disse que pelos menos três casas foram tomadas dos moradores beneficiados.
Denúncias anônimas levaram servidores da Cohab até o residencial, onde as irregularidades foram constatadas. De acordo com Verçosa, a última invasão foi registrada na quarta-feira. "Uma senhora estava fazendo algumas adequações na casa. Uma sobrinha dela estava na residência até o fim de semana, mas quando ela saiu uma família simplesmente invadiu. Levaram um chaveiro, arrombaram a porta e entraram", afirmou o presidente da Cohab de Londrina.
Verçosa disse a assistente social da companhia iria acompanhar Maria Francisca Bento, 76 anos, até a delegacia, para que ela registrasse um boletim de ocorrência. "A Cohab não tem muito o que fazer, pois é diferente se os moradores estivessem vendendo [as casas]. Nesse caso, poderíamos tomar o imóvel. Vamos auxiliar esta senhora a fazer o boletim de ocorrência e pedir a reintegração de posse da casa", disse o presidente da Cohab.
A aposentada Maria Francisca Bento possui inscrição na Cohab de Londrina desde 1977. Foi contemplada com uma casa no Residencial Ana Terra em setembro do ano passado, mas a residência foi invadida antes que ela se mudasse. A invasora, uma jovem de 19 anos, foi encaminhada ao 3.º Distrito Policial ontem à tarde e disse que não tinha onde dormir.
O presidente da Cohab ressaltou ainda que os invasores são moradores do Jardim Santo André, que fica próximo ao Residencial Ana Terra. Alguns moradores do Residencial Ana Terra, segundo ele, disseram que foram ameaçados. "São pessoas simples, que ficam intimidadas. Há registro de uma mulher que é doméstica e está com medo de sair para trabalhar, pois há pessoas ameaçando invadir a casa", afirmou Verçosa.
O presidente da Cohab de Londrina disse ter ficado surpreso com a atitude dos invasores. "Nunca achei que esse tipo de coisa pudesse acontecer em Londrina. É uma coisa absurda. Um dos invasores disse ao nosso engenheiro que não sairá da casa."
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