Até 2018, Londrina deve contar com dois eixos de ônibus em corredores exclusivos, em um sistema semelhante ao de Curitiba. O projeto do BRT sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus é um dos quatro aprovados pelo município junto ao Plano de Aceleração do Crescimento PAC 2 Mobilidade Urbana, do governo federal. Juntos, os projetos somam R$ 174 milhões. Segundo o prefeito Alexandre Kireeff (PSD), somente a implantação dos dois corredores de BRT, que cruzarão a cidade um norte-sul, com 13 km, pela Avenida Dez de Dezembro, e um leste-oeste, com 11 km, pela Avenida Leste-Oeste , custará R$ 124 milhões. Além da construção das canaletas, a verba custeará a implantação de dois terminais e 25 estações, distantes cerca de 700 metros uma da outra.
Para permitir que os ônibus trafeguem em velocidade rápida, também está prevista a construção de sete viadutos ao longo das duas avenidas, desafogando o tráfego em rotatórias e cruzamentos. Um deles será na rotatória do Marco Zero. O Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul) promete fazer um levantamento entre os usuários de transporte para saber em quais regiões será necessária o uso de ônibus articulados, biarticulados e simples.
Os demais R$ 50 milhões dos recursos do PAC 2 serão destinados à viabilização de outros três projetos: a pavimentação das vias marginais do trecho urbano da BR-369; a recuperação e pavimentação da Rua Antônio Carvalho Lage, na região oeste, e da Avenida Angelina Ricci Vezozzo, na região leste; além da construção do Arco Leste, que prevê novo acesso pavimentado entre Londrina e Ibiporã, através da interligação da Waldemar Spranger e a BR-369.
Prazo
A liberação das verbas do PAC será feita em etapas e dependerá de contrapartidas da prefeitura, que tem dois anos para iniciar a construção e outros três para finalizar as obras. "Temos consciência que isso gera um desafio operacional gigantesco. A prefeitura trabalha com uma única possibilidade: a do cumprimento desses prazos", disse.
Os quatro projetos foram elaborados durante a gestão passada e adaptados ao cronograma do PAC 2. "Os projetos estão prontos, mas falta o elaborar o plano de viabilização, que trará todos os detalhes", disse o presidente do Ippul, Robinson Borba. O cumprimento do cronograma também depende da aprovação do Plano Diretor, que regulamenta o sistema viário da cidade.