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Depois de um janeiro com volume de chuvas bem abaixo do normal para o período, Londrina já enfrenta um fevereiro também bastante seco. Em 2014, foram registrados apenas quatro dias de chuvas consideráveis, todos em janeiro. Em alguns momentos do dia, a cidade tem enfrentado uma atmosfera com índices de umidade inferiores aos adequados para o ser humano.

Os registros feitos pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) até esta sexta-feira (7) mostram que há 10 dias não cai uma gota de chuva na cidade. Ainda assim, de acordo com a meteorologista do Iapar, Ângela Beatriz Costa, dos quatro dias de chuva considerável, apenas três tiveram precipitação suficiente para beneficiar a agricultura. "Quando estamos em um período normal de chuvas, sem muita seca, uma chuva de 25 milímetros já é suficiente", explicou.

Segundo informações do Instituto Tecnológico Simepar, em janeiro choveu 116 milímetros em Londrina, praticamente a metade do esperado para o período, que é de 218 milímetros. Para fevereiro, o esperado é de 184 milímetros, mas até agora, não houve nenhum registro de chuva na cidade.

De acordo com a técnica em meteorologia do Simepar, Vanessa D’Ávila, é uma massa de ar quente que está impedindo a distribuição da chuva. "Essa sequência de dias muitos quentes formam núcleos isolados de chuva que não têm força para cobrir uma grande área. Por isso, outras regiões estão recebendo chuva e Londrina não", esclareceu.

Segundo ela, em um único dia, Maringá recebeu 104 milímetros de chuva, quase o equivalente a todo o volume recebido por Londrina neste ano. Pelos próximos dias, o cenário não deve mudar na cidade. Até a próxima terça-feira (11), não há previsão de chuvas significativas para a região.

Umidade do ar

A falta de chuva associada às altas temperaturas registradas em Londrina nos últimos dias tem baixado a umidade relativa do ar a níveis alarmantes. De acordo com a meteorologista do Iapar, Ângela Beatriz Costa, na última quarta-feira (5), às 15 horas – horário de maior aquecimento no dia –, a umidade relativa do ar era de 28% na cidade. Na quinta-feira (6), no mesmo horário, o índice chegou a 26%.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade relativa do ar considerada adequada para a saúde das pessoas é de acima de 60%. É considerado estado de atenção quando a umidade relativa está entre 20% e 30%. O estado é de alerta quando a umidade fica entre 12% e 20%. Abaixo de 12%, a OMS define como estado de emergência.

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