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Sombra e água fresca

Londrinenses festejam o “Dia do Nada”

Nada de tirar a roupa. Diferente do que aconteceu em 2005, quando três integrantes do Dia do Nada foram detidos pela polícia por estarem nus, neste ano os participantes preferiram comemorar vestidos. A atividade começou pela manhã, com panfletagem e até discurso em uma atividade do sindicato dos servidores municipais em frente ao prédio da prefeitura. Por volta do meio-dia, o grupo de dez pessoas se reuniu no calçadão e estendeu redes entre as árvores e os postes.

Para evitar problemas com a polícia, a idéia de usar nada sobre o corpo ficou restrita a ensaios artísticos sensuais, com imagens que remetem ao nudismo, e cabides vazios, colocados para enfeitar um arbusto.

"O que se coloca não é não fazer nada. É fazer nada", explicou o artista plástico Rubens Pileggi, um dos pioneiros do movimento, que ocorre desde 2002 na primeira segunda-feira do mês de maio. Este ano a data caiu junto com o Dia do Trabalho, o que, para Rubens, é uma feliz coincidência. "Nós não somos contra o trabalho, somos a favor do trabalho criativo e contra o automatismo. Neste dia propomos coisas que têm a ver com o ócio e a preguiça", afirmou.

Estendidos nas redes, os participantes ofereciam suco de maracujá e massagem aos transeuntes, além de panfletos explicativos distribuídos aos curiosos que queriam saber o que estava acontecendo. Por causa do feriado, o calçadão esteve praticamente deserto durante a tarde.

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