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Além da disposição para "assumir a bronca", Jorge Lorenzetti tem em comum com Delúbio Soares uma forte ligação pessoal com Lula, que está longe de se resumir aos churrascos preparados na Granja do Torto.

Ainda em 2003, Lorenzetti esteve com o presidente e pediu autorização para "resolver problemas" de uma ONG de Lurian em Santa Catarina. Lula deu sinal verde e o incumbiu de ser uma espécie de anjo da guarda da filha. Foi Lorenzetti quem conseguiu para Lurian, em novembro daquele ano, um emprego na One WG, agência de publicidade de Wilfredo Gomes.

Outra empresa do publicitário, a Foco, ganhou a conta do Besc na mesma época. A diretoria do banco ocupada por Lorenzetti era a responsável pelas licitações.

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Em aberto – A CPI dos Bingos chegou a puxar o novelo que ligava a ONG de Lurian a bingos de Santa Catarina. Colheu informações e depoimentos, mas o caso não entrou no relatório final. A filha de Lula se demitiu da agência em agosto de 2005.

República – Quando companheiros de CUT, no fim da década de 80, Jorge Lorenzetti e Delúbio Soares dividiram apartamento no centro de São Paulo. Para desespero do proprietário do imóvel, recusavam-se a pagar o aluguel.

Professor 1 – Gedimar Passos, encarregado pelo PT de efetuar o pagamento do dossiê contra os tucanos, deu aulas num curso de proteção a autoridades oferecido pelo Ministério da Justiça à polícia de São Paulo em 2005.

Professor 2 – Freud Godoy, o auxiliar de Lula que anteontem declarou ter conversado com Gedimar apenas quatro vezes, é uma espécie de agenciador de ex-policiais que ministram esses cursos.

Carimbado – Valdebran Padilha, preso com Gedimar quando aguardava o pagamento para levar aos Vedoin, já tinha sido visto por funcionários no comitê de Aloízio Mercadante em São Paulo.

Doril 1 – Correligionários de Aloízio Mercadante que integram a coordenação da campanha em São Paulo não apareceram no lançamento, ontem, do programa de governo.

Doril 2 – Dos quatro vereadores presentes, três são ligados a Marta Suplicy. Um integra a chamada esquerda petista, grupo ao qual pertencem os três deputados que deram as caras no lançamento. Da cúpula estadual do partido, só estava João Antônio, também ligado à ex-prefeita.

Em armas – No entorno de Lula e, de maneira geral, em todo o petismo não-paulista, uma única idéia é martelada: "Por causa de uma eleição que estava perdida, fizeram uma besteira que colocou em risco uma reeleição garantida".

Tensão – Em telefonema ríspido, Tasso Jereissati cobrou de Luiz Gonzalez, responsável pela comunicação de Alckmin, que a propaganda de tevê reflita a "indignação" com o caso do dossiê. Reclamou do programa da hora do almoço.

Desavisado – Saturnino Braga (RJ) foi o único petista em plenário durante a maior parte do bombardeio da oposição ontem no Senado. Quando tentava fazer apartes, era hostilizado pelos colegas.

Amapá 1 – Pesquisa GPP dá a José Sarney (PMDB) 48,9% da intenção de voto para o Senado. No levantamento, encomendado pela campanha do ex-presidente, Cristina Almeida (PSB) tem 28,3%.

Amapá 2 – Cristina Almeida cutuca o adversário: "Não é justo o Amapá ter só dois senadores, e o Maranhão, quatro. Afinal, Sarney nunca morou em meu estado".

TIROTEIO

* Do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), em resposta ao presidente, que classificou seu comício no Pará ao lado de mensaleiros e sanguessugas como "uma aula de pós-graduação em sociologia política".

– Por suas companhias, Lula está muito mais para professor de direito penal.

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