A falência da agência de turismo Interlaken, comunicada pela empresa no dia 26, criou uma reação em cadeia. São centenas de clientes com sonhos desfeitos. O tamanho do prejuízo e o grau de surpresa variam muito. Há quem descobriu que não teria direito a viajar quando já estava no aeroporto e quem desconfia há meses de que algo não estava certo. É o caso de Renan Ceschin. Ele comprou em setembro, junto com a namorada, um pacote com hospedagem e aéreo para a Bahia, para abril. Como não recebeu contrato ou notas fiscais, começou a cobrar a agência. Depois de receber um localizador que não foi reconhecido pela companhia aérea, Renan disse que conseguiu novas passagens, mas nada de hospedagem. Os pacotes custaram R$ 4,6 mil e ele já pagou R$ 2,3 mil. Será padrinho no casamento do melhor amigo e descobriu que mais 10 pessoas que pretendiam ir para o mesmo casamento estão em situação semelhante.
A noiva F.G. ainda não sabe o que vai fazer. Ela está de casamento marcado para o dia 23 de janeiro e juntou as últimas economias que ainda não haviam sido comprometidas com a festa para comprar a viagem de lua-de-mel. Iria passar sete dias em Cancun. Ao saber sobre a falência da agência de turismo ligou para a companhia aérea e soube que as passagens tinham sido reservadas e canceladas no mesmo dia, em agosto. O prejuízo até o momento é de R$ 8,7 mil – as duas últimas parcelas do cartão ela pretende sustar. “O problema é que para comprar agora as passagens estão supercaras”, lamenta.
Uma cliente que não quis ser identificada conta que comprou um pacote para Orlando com os pais, em 12 parcelas, das quais duas já pagas. Ela embarcaria no dia 25 de dezembro, mas um dia antes recebeu um email informando que o voo havia sido cancelado e que a empresa não tinha mais crédito para comprar outra passagem. A cliente pretende tentar cancelar as cobranças do cartão e buscar, por conta própria, os serviços que seriam prestados pela Interlaken. Caso não consiga o estorno, estima o prejuízo em R$ 20 mil.
Outra cliente que prefere manter o anonimato também viu se esvair o sonho de ir para a Disney. Ela comprou pacotes que incluía ingressos para os parques e também uma esticada em Nova York. Embarcaria com a filha no dia 10 de janeiro. Ao entrar em contato com a agência, foi informada de que as passagens estariam garantidas, mas que a hospedagens e alguns ingressos teriam de ser novamente comprados. “Para mim foi um desespero. Essa é minha primeira viagem internacional. Sonho com isso há mais de 15 anos e minha filha não fala em outra coisa. Estou tentando procurar hotéis, mas os valores estão bem mais altos do que paguei”, relata.
A expectativa de ir para Las Vegas com o marido e os sogros está se transformando em pesadelo para Bruna Martins de Andrade. Eles estão com viagem marcada para abril e descobriram que as passagens dos sogros não haviam sido compradas na companhia aérea. O prejuízo com duas passagens é de R$ 4 mil. “Era muito bom para ser verdade. As passagens estavam com o preço muito bom”, comenta.
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