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Após registrar momentos de tensão ao ser expulso da Universidade de São Paulo (USP) por estudantes, o influenciador Lucas Pavanato foi às redes sociais denunciar o grupo por agressão enquanto tentava gravar um vídeo nas dependências da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
“Começaram a agredir. Tivemos que sair com escolta [...] Teve agressão filmada. Teve diversos tipos de violência e eu tenho como comprovar que o meu vídeo era tranquilo, apenas um bate-papo sem nenhum tipo de desrespeito, sem nenhum tipo de ofensa, mas eles foram agressivos e vieram pra cima da gente”, disse Pavanato em vídeo gravado ainda durante a sua saída da universidade.
A confusão aconteceu na última quinta-feira (17), quando Pavanato foi expulso por dezenas de estudantes aos gritos de “recua, fascista”.
“Nós pagamos a faculdade dessa galera, dessa cambada de vagabundos que não estudam. Eles ficam fazendo militância dentro da faculdade e agridem quem pensa diferente. Um espaço público que não pode ser frequentado por todo público porque foi tomado por facções de extrema-esquerda e eu fiz a minha parte para tentar demonstrar quem são os verdadeiros fascistas e como existe doutrinação em faculdade pública”, completou Pavanato.
O influenciador publicou um vídeo em suas redes sociais com um compilado dos principais momentos de tensão. No vídeo, Pavanato é cercado, empurrado e ameaçado pelos estudantes.
Um segurança que acompanhava Pavanato teria sacado a arma durante a confusão. Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o segurança teria apontado a arma para um dos estudantes.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o segurança é integrante da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo e também atua na escolta do vereador Fernando Holiday (PL).
À Folha, Pavanato negou a versão apresentada pelo DCE e disse que o segurança só sacou a arma como forma de garantir a sua integridade física no momento em que também virou alvo das agressões.
"Começaram a agredi-lo de diversas formas, batendo na cabeça dele, ameaçando tomar a arma. Ele sacou a arma, deixou de lado e falou: 'Gente, para, por favor'. Quando acalmaram, ele guardou”, disse Pavanato, que prometeu para esta sexta-feira (18) a publicação do vídeo na íntegra.
Sem citar a agressão dos alunos, a USP enviou uma nota à Folha em que diz repudiar a reação do GCM dentro do campus.
"Esse tipo de atitude é inaceitável em qualquer ambiente civilizado. Dentro de uma universidade, o ato infame se reveste de uma simbologia que atenta contra o espírito essencial da busca do conhecimento e da sabedoria. Esperamos que apurações policiais sejam realizadas para que casos assim não se repitam", diz a nota da universidade.