Salvador Em entrevista coletiva a emissoras de rádio da região Nordeste, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, sem citar nomes, que os seus adversários na campanha estão se preparando para privatizar grandes empresas como Banco do Brasil, Petrobrás e outras, respondendo a uma indagação sobre o que o país pode esperar em termos de crescimento numa eventual segunda administração de Lula.
"Vamos fazer esse país crescer. Esse país não tem volta. É só crescimento e, isso é possível, governar sem privatizar. Já provamos que dá pra governar sem privatizar nada. E só pegar o programa dos partidos que estão do outro lado contendo insinuações de privatização do Banco do Brasil, privatização da Petrobrás e várias outras. Prestem atenção no plano de governo da oposição, porque vem privatização por ai", afirmou, ressaltando, entretanto que, sob a sua administração, não haverá desestatização.
Oligarquias
Indagado sobre sua presença freqüente na Bahia durante o período eleitoral, o presidente Lula respondeu que era importante trabalhar para pôr um ponto final em velhas oligarquias, referindo-se ao poder político regional exercido pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) por quase meio século.
Maior feito
Ele festejou a vitória do correligionário Jaques Wagner para o governo baiano, derrotando o candidato de Magalhães, o governador Paulo Souto (PFL).
"Foi talvez o maior feito de toda a campanha política de 2006. Ele (Wagner) sabe que lá tem uma estrutura poderosa montada durante muitos e muitos anos, mas é inteligente. A responsabilidade agora é muito grande. O Wagner vai precisar de muita competência técnica e política para governar", avaliou.
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