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Rio – O presidente Lula afirmou ontem que a negociação pela prorrogação da CPMF envolve uma reforma tributária para estabelecer alternativas de desoneração. "Tem muito barulho por trás da CPMF, porque não tem país ou empresa no mundo que possa abdicar de R$ 40 bilhões do orçamento sem criar outro imposto", disse, sem especificar como seria a revisão do sistema tributário brasileiro. "Não acredito que nenhum senador ou deputado vá votar contra a prorrogação da CPMF para prejudicar o governo, porque vai, na verdade, prejudicar o país."

Lula acrescentou que a economia do Brasil está crescendo, que o emprego está sendo criado, e, por isso, o país não "pode desperdiçar esta oportunidade, como já desperdiçou outras". Afirmou ainda que o país está mais resistente a dificuldades econômicas mundiais, como a recente crise imobiliária dos Estados Unidos. "A crise americana tentou chegar aqui, mas não passou. Bateu nos arrecifes espalhados pela costa do Brasil e foi embora", comparou. O presidente falou com jornalistas após visitar o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, onde conheceu uma unidade experimental que pesquisa a produção de álcool combustível a partir de resíduos vegetais (como o bagaço de cana), o chamado bioetanol.

Com a Petrobrás, na opinião de Lula, o Brasil não deve nada a nenhum outro país quando o assunto é produção de petróleo e pesquisa de combustíveis. "Vim visitar o centro de pesquisa de produção de etanol a partir do resíduo de madeira, o que acho que será a matriz energética do futuro", comentou.

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