Brasília Depois de um dia inteiro de expectativas, dúvidas e consultas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou à TV Globo, por volta das 19 horas de ontem, que não iria participar do debate com os candidatos ao Planalto, marcado para as 22 horas. Lula alegou que seria "um jogo de cartas marcadas", em uma "arena de grosserias e agressões".
A decisão de Lula foi solitária e levou em conta vários fatores. Pesou, principalmente, a decisão das oposições de ir ao Banco Central exigir que a instituição entrasse na investigação da origem dos dólares encontrados com petistas, destinados ao pagamento do dossiê Vedoin.
Também influenciou Lula uma pesquisa qualitativa recebida na tarde de ontem, segundo a qual não deverá haver mesmo segundo turno. Lula levou ainda em conta a possibilidade de haver no debate ataques à sua família, que ele entende que deve ser preservada a todo custo.
Os termos da carta que o presidente Lula enviou à emissora para justificar a ausência no debate, foi lida, relida e repassada por ele antes de remeter à TV Globo. "Sou um dos políticos que mais participaram de debates eleitorais neste país. No entanto, é fato público e notório o grau de virulência e desespero de alguns adversários, que estão deixando em segundo plano o debate de propostas e idéias, para se dedicar, quase exclusivamente, aos ataques gratuitos e agressões pessoais", argumentou Lula.
No início da noite, Lula embarcou de Brasília para São Paulo, onde ficará até domingo. De acordo com seu comitê, ele fará neste intervalo campanha silenciosa, como panfletagem nas portas de fábricas.
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