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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que as consequências pelo excesso de chuvas no Rio de Janeiro acontecem mais em ocupações inadequadas, localizadas em áreas de risco. Admitiu, no entanto, que as famílias relutam em deixar as encostas.

"Os administradores públicos devem levar em conta que não é possível que as pessoas ocupem áreas inadequadas para morar. É preciso antever isso, tomar cuidado para não acontecer. Pensar em outros locais para as pessoas morarem", disse Lula a jornalistas após reunião com o governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), no hotel Copacabana Palace.

"Se você pegar todas as enchentes brasileiras, elas atingem sempre as pessoas pobres, que moram em locais inadequados", completou.

Na entrevista, Lula disse mais de uma vez que esta é maior quantidade de chuva que atingiu o Rio.

"Não existe ser humano no mundo, no planeta terra, que consiga enfrentar uma mudança de clima com essa, que é a maior da história do Rio de Janeiro", afirmou.

A chuva que atinge o Rio pelo segundo dia seguido deixou ao menos 50 mortos na região metropolitana, sendo 26 deles só na capital, onde aulas foram canceladas e a população está sendo orientada a permanecer em casa e deixar áreas de risco. A maioria das mortes ocorreu em decorrência de deslizamentos de terra, segundo os bombeiros.

"Quando há uma chuva dessa magnitude, a única coisa que resta fazer ao prefeito, ao governador e à Defesa Civil é pedir para que as pessoas saiam das áreas de encosta, saiam da área de risco e esperar a chuva parar para que a gente possa começar a resolver os problemas", disse Lula.

Lula, que cancelou parte de sua agenda na cidade do Rio em função do temporal, relatou que o governo federal está realizando investimentos em drenagem no Rio e que vai trabalhar junto com o governador Cabral e o prefeito Eduardo Paes para colocar mais dinheiro em infraestrutura no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC2).

Embora tenha anunciado que a segunda etapa do PAC 2 aumentará os recursos para obras de dragagem no Rio, "para ver se conseguimos em 10 ou 15 anos ter uma cidade menos sofrida do que temos hoje", Lula disse que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 estão garantidas e transcorrerão "com tranquilidade".

O Comitê Olímpico Internacional (COI) considerou a enchente no Rio um fato "extraordinário" e manifestou solidariedade à cidade "O Comitê Olímpico Internacional reiterou o seu absoluto apoio ao Rio de Janeiro, entendendo que se trata de um fato meteorológico de natureza extraordinária, que pode acontecer em qualquer cidade do mundo. E demonstrou ainda total satisfação com a rápida mobilização das autoridades públicas da cidade e do Estado", disse o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, que está em Lausanne, na Suíça, participando de reuniões do COI.

06/04/2010 18:13 - NG/ES/OLIMPÍADA/RIO/LULA

Após enchente, Lula diz que Copa e Olimpíada estão garantidas

Por Luciana Nunes Leal

Rio, 06 (AE) - Embora tenha anunciado que a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) aumentará os recursos para obras de dragagem no Rio, "para ver se conseguimos em 10 ou 15 anos ter uma cidade menos sofrida do que temos hoje", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 estão garantidas e transcorrerão "com tranquilidade".

Depois dos estragos feitos pela chuva nesta terça-feira na cidade, o presidente Lula descartou qualquer possibilidade de cancelamento das competições e disse que o Rio tem todas as condições de abrigar as atividades esportivas e de receber atletas e turistas.

"Não chove todo dia nem toda hora. Nem todo dia tem terremoto no Chile, no Haiti. Quando acontece uma desgraça, acontece. Junho e julho (período que, em geral, ocorre a Copa e a Olimpíada) são meses mais tranquilos. O Rio de Janeiro está preparado para fazer Olimpíada, para fazer Copa do Mundo com muita tranquilidade. Não é por causa de uma catástrofe que a gente vai achar que vai acontecer todo ano, toda hora", disse o presidente

Lula lembrou que as obras para os Jogos Olímpicos e para a Copa já estão acertadas entre os governos federal, estadual e municipal. "Vamos continuar a trabalhar para fazer a melhor Copa e a melhor Olimpíada que esse mundo já viu, vamos fazer um grande evento para ninguém botar defeito", avisou o presidente.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) considerou a enchente no Rio um fato "extraordinário" e manifestou solidariedade à cidade "O Comitê Olímpico Internacional reiterou o seu absoluto apoio ao Rio de Janeiro, entendendo que se trata de um fato meteorológico de natureza extraordinária, que pode acontecer em qualquer cidade do mundo. E demonstrou ainda total satisfação com a rápida mobilização das autoridades públicas da cidade e do Estado", disse o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, que está em Lausanne, na Suíça, participando de reuniões do COI.

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